O deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB), líder da oposição na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) , em discurso nesta quarta-feira (19), comentou a respeito da denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 33 pessoas. Todos são acusados de orquestrar um golpe contra o estado democrático, além de outros crimes.
“Qualquer pessoa que tem responsabilidade democrática, sabe da gravidade do que houve. Se aquele plano tivesse dado certo, certamente este parlamento não estaria a funcionar neste momento que estamos aqui. Foi muito grave o que tramaram”, disse Edvaldo Magalhães.
O parlamentar disse ainda que o conjunto probatório é robusto e mostra a participação direta do ex-presidente Jair Bolsonaro na trama golpista, que envolvia a morte do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin, e do ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, na época presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A respeito da anistia para os envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro, Magalhães afirmou que não é comum debater sobre o tema antes da condenação e que pedem isso por terem consciência de que o que fizeram foi errado.
“Quando a gente ver alguns se movimentando no sentido de fazer o debate de anistia, é a primeira vez que se discute anistia antes das pessoas serem condenadas. É a inversão da inversão das prioridades políticas do Congresso Nacional. Mas, tem sentido o que estão fazendo. É porque sabendo o que fizeram, tendo consciência do que tramaram, sabendo das provas que foram encontradas numa investigação detalhada da Polícia Federal, tenho certeza que não escaparão das decisões dos tribunais”, conclui.