Em entrevista ao programa Gazeta Entrevista, da TV Gazeta, nesta sexta-feira (21), o senador Márcio Bittar (PL) abordou temas polêmicos, como a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), a possível inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro e os desafios políticos e econômicos do Brasil. Bittar, conhecido pelo alinhamento com Bolsonaro, afirmou que a acusação de golpe enfrentada pelo ex-presidente é uma mentira.
“Essa é a questão do golpe. Essa é a maior fake news que foi inventada na face da terra. É mesmo. Isso é uma piada. Então eu estou ao lado dele, como deveria estar, e vou continuar”, enfatiza.
Bittar aproveitou a entrevista para questionar sobre a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e destacou que o magistrado tem extrapolado as funções designadas. Bittar também criticou a possibilidade de Bolsonaro ser impedido de concorrer às eleições.
“Ele não é investigador, mas está fazendo tudo, passando por cima da lei a toda hora. Acho um absurdo Bolsonaro ser proibido de ser candidato. Quem deve decidir isso é o povo, não uma manobra que pega um cara que foi condenado que construiu no governo os maiores escândalos de corrupção do Brasil e do mundo contemporâneo, moderno, democrático, que é o Lula”, diz.
O senador comparou a situação de Bolsonaro com a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com lembranças de que Lula foi condenado em três instâncias antes de ter as condenações anuladas.
“Como é que um cara como Lula, condenado por corrupção, pode ser presidente, e Bolsonaro não pode ser candidato? Como é que você vai querer que eu me conforme que do outro lado um cara como o Bolsonaro não possa ser candidato?”, questiona Bittar.
Bittar expressou otimismo em relação às eleições de 2026 e afirmou que a direita tem grandes chances de vitória. O senador também destacou que, caso seja reeleito, poderá contribuir significativamente para o desenvolvimento do Acre e da Amazônia.
“Se Bolsonaro não puder ser candidato, o candidato será quem ele indicar, e a direita tem tudo para ganhar. Além disso, na Amazônia, precisamos de flexibilização nas leis ambientais e de investimentos em infraestrutura. Não podemos continuar engessados”, afirma.
O parlamentar elogiou os investimentos feitos no Acre durante o governo Bolsonaro, com a citação da BR-364 e a construção de casas populares como exemplos.
“Houve avanços, mesmo com a pandemia. O governo federal ajudou o estado com recursos importantes, como a partilha onerosa do Pré-Sal, que beneficiou o Acre e outros estados”, ressalta.
Bittar também criticou a gestão das estatais no governo atual, especialmente os Correios, que, segundo ele, voltaram a dar prejuízo após a mudança de gestão. O senador lembrou que, durante o governo Bolsonaro, houve uma proposta de privatização dos Correios, da qual ele foi relator no Senado, mas que não avançou devido a manobras políticas.
“O PT está nomeando militantes para dirigir estatais, e isso está gerando prejuízos para a população e para os servidores. Estamos vendo os mesmos erros do passado sendo repetidos. É preciso investigar a fundo”, diz.
Ao final da entrevista, Bittar reforçou o compromisso com a defesa de Bolsonaro e com a agenda da direita.
“Estou ao lado de Bolsonaro e vou continuar lutando por um Brasil que priorize o desenvolvimento e a liberdade”, conclui o senador.
Estagiário supervisionado por Gisele Almeida