Antes das fortes chuvas do fim de semana, moradores da região da Sobral realizaram uma manifestação para alertar sobre a situação crítica enfrentada pela comunidade com as alagações. A preocupação já era grande devido às inundações frequentes, e os protestos aconteceram como uma forma de chamar a atenção das autoridades.
Desde quarta-feira, os moradores vinham tentando contato com representantes do poder público para denunciar o problema. Na sexta-feira, equipes de reportagem estiveram no local e presenciaram a mobilização. Com as chuvas intensas e constantes, ruas inteiras foram tomadas pela água, tornando o trânsito e o dia a dia da população ainda mais difíceis.

Uma das principais reclamações da comunidade é a ineficiência da infraestrutura para escoamento das águas pluviais. Mesmo uma chuva de apenas 15 minutos já é suficiente para causar transtornos. “Não precisa ser uma chuva torrencial para que a gente fique alagado. Ontem, enfrentamos isso e hoje de novo. Pedimos que as autoridades olhem para nós com humanidade”, desabafou um dos manifestantes.
Dona Mirth, moradora da Sobral há 25 anos, relatou que nunca tinha visto uma situação tão grave. “Na minha casa, a água chegou até a porta. Isso é um absurdo. Não aguentamos mais perder nossos pertences. Socorro, autoridades, tenham misericórdia desse povo!”, clamou.
O problema, segundo os moradores, também está relacionado às condições da Estação de Tratamento de Água (ETA) localizada próximo ao Ceasa. Eles denunciam que, quando a ETA libera água, o fluxo carrega sedimentos que acabam agravando ainda mais o problema do escoamento.

Outros bairros da região também enfrentam dificuldades. Representantes do bairro João Paulo relataram que as ruas São João e Juricaba também estão alagadas, deixando várias famílias ilhadas. “Não estamos aqui para atacar nenhum gestor, mas para pedir soluções. Isso acontece todo ano, e nem chegamos a março, mês das chuvas mais intensas”, reforçou um dos representantes.
A população exige uma solução definitiva e urgente para o problema. Segundo os moradores, não adianta mais promessas e medidas paliativas. Eles criticam o fato de que as autoridades se preocupam apenas com o transbordamento de igarapés e rios, enquanto regiões urbanizadas, como a Sobral, continuam sofrendo a cada novo período chuvoso.
Após as chuvas a comunidade segue mobilizada e aguarda um posicionamento concreto das autoridades para evitar que novos alagamentos prejudiquem ainda mais a vida dos moradores.
Com informsções da repórter Rose Lima para TV Gazeta