Dois ataques criminosos ocorreram na noite do último sábado (8), em Rio Branco, deixando inocentes feridos, incluindo uma criança de um ano. Menos de 24 horas após os atentados, a Polícia Militar prendeu o primeiro suspeito: Gleison de Souza Barbosa, de 38 anos, identificado como condutor e proprietário do veículo usado na ação, um Ford Fiesta vermelho.
De acordo com informações da PM, o primeiro ataque ocorreu por volta das 23h, em frente a um clube no bairro Belo Jardim. Criminosos chegaram atirando contra pessoas na rua, ferindo dois jovens – um no braço e outro na perna. Em seguida, o grupo seguiu em direção ao bairro Santa Inês, onde efetuou outro ataque, deixando feridos um adolescente de 14 anos e uma criança de apenas um ano, que segue em estado crítico.
“Queremos nos solidarizar com a família dessa criança e com todas as vítimas desse ataque bárbaro”, declarou o comandante do 2º Batalhão da PM, tenente-coronel Felipe Russo.
Logo após os ataques, equipes da Polícia Militar iniciaram o levantamento de informações, analisando imagens de monitoramento para identificar o trajeto do veículo suspeito. A denúncia sobre movimentações incomuns na região do ramal do Tucumã, no Vila Acre, levou os policiais ao paradeiro do carro.
“Um indivíduo chegou na residência com o veículo, cobriu com panos e se recusou a mostrar a placa. A atitude suspeita levou os policiais a verificarem e confirmarem que se tratava do carro usado nos ataques”, explicou Russo. Diante da evidência, a PM ordenou que todos os presentes na casa saíssem, e o proprietário do veículo foi encaminhado à delegacia.
Inicialmente, Gleison de Souza Barbosa afirmou que trabalhava como motorista de aplicativo quando foi rendido por cinco criminosos armados, que o forçaram a dirigir sob ameaça contra sua família. Entretanto, a investigação apontou inconsistências no relato. “Ele não tinha nenhum aplicativo instalado no celular. Além disso, diversas vezes se contradisse durante o depoimento, não soube dizer onde foi abordado ou onde deixou os criminosos”, relatou o comandante.
Durante a lavratura do flagrante, Gleison confessou a participação nos ataques. A principal suspeita da PM é que a ação tenha sido motivada por uma disputa territorial entre facções rivais na região do Belo Jardim. “Eles foram ali para atirar em pessoas em via pública, isso é fato. Esses ataques são consequência da disputa de territórios que estamos enfrentando com mais força no Segundo Distrito”, concluiu o comandante.
A Polícia Civil segue com as investigações para identificar e prender os outros envolvidos no crime.
Com informações do repórter Luan Rodrigo para TV Gazeta