Durante a sessão plenária desta quarta-feira (4), a vereadora Elzinha Mendonça (PP) apresentou um anteprojeto de lei que institui o Programa Municipal de Arborização Urbana e Plantio de Árvores em Rio Branco. A proposta, segundo ela, surge em sintonia com o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta quinta-feira (5), e busca enfrentar de forma concreta os impactos das mudanças climáticas que afetam diretamente a capital acreana.
O anteprojeto propõe um conjunto de ações voltadas à ampliação da cobertura vegetal da cidade, como a criação de um viveiro municipal de mudas, implantação do IPTU Verde — com descontos para moradores que plantarem e cuidarem de árvores em frente aos imóveis — e a concessão de reconhecimento público a empresas que adotem práticas sustentáveis, como o plantio responsável de espécies nativas.
“Entramos neste mês em que o mundo inteiro volta os olhos para uma pauta urgente, vital e inadiável”, afirmou Elzinha. “O Acre é a Amazônia, Rio Branco é a Amazônia, e com isso vem uma responsabilidade imensa.”
A parlamentar ressaltou que o Estado do Acre já vem demonstrando compromisso com a agenda ambiental, com destaque para a participação do governo estadual em conferências internacionais sobre mudanças climáticas. Porém, segundo ela, é necessário que os municípios acompanhem esse movimento com ações práticas e duradouras.
“Mais do que plantar árvores, queremos fazer com que o cidadão, a empresa, a escola, o comerciante se sintam parte dessa solução. Estamos nos inspirando em cidades como Viradouro e Parintins, mas queremos fazer com a cara da Amazônia, com espécies da Amazônia, com saberes locais.”
Por se tratar de um tema de iniciativa do Executivo, o texto foi apresentado como anteprojeto de lei, o que significa que depende da análise e eventual encaminhamento formal pela Prefeitura Municipal de Rio Branco. Elzinha aproveitou para fazer um apelo direto ao poder público:
“Peço que analise com agilidade este anteprojeto e o devolva como projeto de lei para esta Casa, para que possamos votá-lo e aprová-lo ainda neste semestre. É uma atitude emergencial.”
A parlamentar concluiu o discurso enfatizando a urgência do tema diante dos efeitos sentidos pela população nos últimos anos, como enchentes mais intensas, secas prolongadas e temperaturas mais elevadas.
