A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) atualizou neste sábado (19) os dados sobre os casos notificados de sarampo no estado. Ao todo, 17 registros foram notificados desde o início do ano. Desse total, 14 já foram descartados e três seguem em investigação, o que acende o alerta das autoridades de saúde diante da possibilidade de reintrodução do vírus no território acreano.
Os casos suspeitos estão distribuídos entre os municípios de Epitaciolândia (1) e Brasiléia (2) — ambos localizados na região de fronteira com a Bolívia —, além de um caso notificado em Rio Branco, mas com origem em Cobija, cidade boliviana vizinha.
A preocupação das autoridades se intensificou diante do avanço de registros da doença em países próximos, especialmente na Bolívia, o que elevou o nível de vigilância na tríplice fronteira entre Acre, Peru e Bolívia.
Para conter a possível circulação do vírus, a Prefeitura de Rio Branco e o Governo do Estado reforçaram as ações de imunização e vigilância, com o apoio técnico do Ministério da Saúde. Equipes foram deslocadas para a região de fronteira, onde estão sendo realizados bloqueios vacinais, testagens e orientações à população.
“Essa investigação segue para o LACEN, nosso laboratório de referência. Coletamos três tipos de amostras — sangue, suave e urina — e os resultados orientam a definição do caso. O fato de termos notificações mostra que os profissionais de saúde estão atentos e preparados para lidar com suspeitas ou confirmações da doença”, explicou Renata Meirelles, chefe do Núcleo de Doenças Imunopreveníveis da Sesacre.
Detalhamento dos casos por município:
• Epitaciolândia: 1 descartado | 1 em investigação
• Brasiléia: 1 descartado | 2 em investigação
• Rio Branco: 2 descartados
• Porto Acre: 2 descartados
• Feijó: 1 descartado
• Sena Madureira: 2 descartados
• Cruzeiro do Sul: 2 descartados
• Assis Brasil: 2 descartados
• Cobija (Bolívia): 1 descartado (caso notificado em Rio Branco)
O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa, com sintomas como febre alta, manchas vermelhas no corpo, tosse, coriza e irritação nos olhos. A única forma eficaz de prevenção é a vacina tríplice viral, que está disponível gratuitamente em todas as unidades básicas de saúde.
A Sesacre orienta a população a verificar o cartão de vacinação e procurar atendimento médico em caso de suspeita. O objetivo do monitoramento é impedir que o vírus volte a circular e provoque novos surtos.



