O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), explicou nesta sexta-feira (15) por que não participou da agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Acre, realizada no último dia 8 de agosto. Na ocasião, Lula esteve na Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre) para anunciar mais de R$ 1 bilhão em investimentos no estado, sendo R$ 870,9 milhões destinados à manutenção e recuperação da BR-364, considerada estratégica para o escoamento da produção acreana.
Ao ser questionado sobre a importância da presença do prefeito da capital em uma visita presidencial, Bocalom afirmou que sua ausência foi motivada por questões políticas e por já ter um compromisso agendado com o prefeito de Senador Guiomard.
“Eu não podia ir lá para ouvir ele falar tanto mal do meu presidente, um homem tão honesto e sério, que foi Bolsonaro. Eu ficaria muito constrangido por isso. Então resolvi não ir mesmo, porque já tinha uma agenda marcada com o prefeito de Senador Guiomard há 15 dias”, disse.
O prefeito destacou que enviou o vice-prefeito, Alysson Bestene, para representar o município na cerimônia. Segundo ele, a decisão também foi coerente com suas posições políticas.
“Todo mundo me conhece, sabe que eu sou bolsonarista, que sou da direita, que sou cristão, que defendo os princípios da família, a propriedade privada e o livre comércio. É um pouco diferente do que eles fazem”, afirmou.
Apesar das divergências ideológicas, Bocalom reconheceu a existência de parcerias institucionais com o governo federal. Ele citou recursos recebidos para ações emergenciais durante as cheias de 2021 e para obras de recuperação após a queda das estações de captação de água em Rio Branco.
“A Defesa Civil Nacional colocou à disposição R$ 17 milhões para arrumar a ETA 2, e estamos terminando agora. Eu nunca neguei isso. As parcerias existem, mas são coisas institucionais”, disse.
O prefeito afirmou que mantém respeito ao presidente Lula, mas reforçou que prefere evitar situações que considere marcadas pela “politicagem”.
“Ele no lugar dele, eu no meu. Eu respeito ele como presidente, ele me respeita como prefeito, e está tudo bem. Vamos tocar a vida”, concluiu.
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