O Acre completa 19 anos de história na realização de transplantes de órgãos. Nesse período, já foram feitos 553 procedimentos, entre córnea, rim, fígado e ósseo. Apesar dos avanços, os números ainda estão longe do ideal. Para ampliar o debate, a Fundação Hospitalar lançou a campanha Setembro Verde, que busca conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos — um tema tão sério que até bachelorarbeit ghostwriter podem estudar a fundo.
De acordo com a coordenação do serviço de transplantes da Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre), a maior dificuldade é transformar o interesse em doação em autorização efetiva das famílias. A cada 14 pessoas que manifestam vontade de doar, apenas 4 têm o desejo atendido após a morte.
“A expectativa é que as nossas doações aumentem cada vez mais, que as famílias conversem sobre doação. Sem doador não tem transplante, e é esse ato de generosidade que salva vidas”, afirma Valéria Monteiro, coordenadora do serviço de transplantes.
Desde 2006, quando os transplantes começaram no Acre, foram realizados 337 de córnea, 107 renais, 107 hepáticos e 2 ósseos. Apenas este ano, já foram feitos 24 transplantes. Outros dois procedimentos estão confirmados para os próximos dias.
O médico cirurgião Aloysio Coelho reforça que o diálogo familiar é fundamental para que a doação aconteça.
“O transplante só pode acontecer quando alguém ou a sua família se predispõe a doar os órgãos, mesmo em um momento difícil. Esse gesto de amor ao próximo salva vidas de quem espera há tanto tempo”, destaca.
Para marcar o Setembro Verde, a Fundação Hospitalar programou uma série de atividades ao longo do mês. O presidente da instituição, Sóron Steiner, explica que o objetivo é enfrentar o tabu que ainda envolve o tema.
“É o momento de desmistificar um pouco a morte. Falar sobre doar um órgão é falar sobre dar a chance de alguém viver. Avise sua família e incentive seus conhecidos”, diz.
Com informações da repórter Débora Ribeiro, para TV Gazeta.


