Você provavelmente percebeu que os Estados Unidos e a China voltaram a se estranhar, né?
O motivo da vez são as chamadas “terras raras”, um nome que parece coisa de outro mundo, mas que está bem mais perto de você do que imagina. Esses minerais estão no seu celular, no carro elétrico, na televisão e até nas turbinas de energia eólica. Ou seja, fazem parte do dia a dia moderno.
A confusão começou quando Donald Trump, que voltou com força à cena política americana, anunciou tarifas de até 100% sobre produtos chineses ligados a esses minerais.
A ideia dele é simples, reduzir a dependência dos Estados Unidos em relação à China. O governo chinês respondeu rápido, dizendo que “não tem medo de uma guerra tarifária”. E pronto, o clima entre as duas maiores economias do mundo esquentou de novo.
Mas afinal, o que são essas tais terras raras? Apesar do nome, não são tão raras assim. São 17 elementos químicos espalhados pela crosta terrestre, essenciais para fabricar tecnologias modernas.
O problema é que extrair e processar esses minerais é caro e complicado. E aí entra a China, que domina quase 60 por cento da produção mundial. Isso dá ao país uma vantagem enorme, porque praticamente toda a indústria de tecnologia depende deles.
Quando Trump anuncia uma tarifa de 100% sobre produtos chineses, ele quer forçar empresas americanas a comprar de outros lugares ou produzir dentro dos Estados Unidos. Mas o mundo hoje é totalmente conectado. Qualquer medida assim acaba mexendo com toda a cadeia produtiva e acaba atingindo todos os países que fazem parte do comércio global.
Você pode se perguntar: E o Brasil? Como fica nessa história? Apesar de estar longe dessa briga, o país pode tirar proveito. Tem uma relação comercial importante tanto com os Estados Unidos quanto com a China e mantém uma postura neutra. Quando dois gigantes brigam, quem está de fora pode aproveitar oportunidades.
Do lado americano, as tarifas sobre produtos chineses podem abrir espaço para o Brasil vender mais para os Estados Unidos, especialmente no agro e na mineração. Além disso, empresas americanas que quiserem reduzir a dependência chinesa podem investir mais por aqui.
Vale lembrar que o próprio presidente Donald Trump já se mostrou disposto a negociar tarifas sobre produtos brasileiros, buscando algum ganho para o seu país.
Do outro lado, a China continua sendo o maior parceiro comercial do Brasil. Compra nossa soja, minério de ferro, petróleo e deve continuar comprando. Ou seja, o país pode vender bem para os dois lados, desde que mantenha equilíbrio diplomático.
E tem mais, o Brasil também tem reservas de terras raras, sendo o 2º do mundo nesse quesito. Ainda falta tecnologia e investimento para explorar esse potencial, mas, se o país apostar nisso com planejamento, pode entrar no jogo como um novo fornecedor desses minerais tão disputados, e claro, valiosos.
Por enquanto, tudo não passa de ameaças e anúncios de tarifas, mas é bom ficar de olho. Se essas medidas forem realmente aplicadas, podem criar uma inflação no futuro, deixando eletrônicos e produtos de tecnologia mais caros para todo mundo, inclusive no Brasil.
Em resumo, embora isso possa deixar seu celular ou notebook novo mais caro, o Brasil pode crescer sem se envolver na briga entre Estados Unidos e China. Basta aproveitar o momento, investir em tecnologia e manter bom relacionamento com os dois lados.




