Na madrugada desta quarta-feira (29), um fazendeiro e seus funcionários foram feitos reféns por criminosos armados em uma propriedade rural localizada no quilômetro 13 da estrada de Porto Acre. O grupo roubou 114 cabeças de gado, duas motocicletas, três motosserras, equipamentos agrícolas e ainda obrigou o proprietário a realizar transferências via Pix, que somaram R$ 43 mil.
Segundo o tenente-coronel Felipe Russo, o crime ocorreu por volta das 4h30 da manhã, quando os suspeitos rendem o fazendeiro e os trabalhadores que chegavam à fazenda.
“Esses indivíduos renderam o proprietário e, quando os funcionários estavam chegando, também foram rendidos. Eles estavam encapuzados, amarraram todos e, ao longo da manhã, roubaram o gado e outros objetos da propriedade”, relatou o oficial.
As vítimas só conseguiram se soltar e acionar a Polícia Militar por volta do meio-dia, momento em que as equipes iniciaram as buscas.
Durante as diligências, os policiais descobriram que parte dos animais estava em um local conhecido como Boitel, no ramal do Canil, na Vila Acre. Lá, foram encontradas 67 cabeças de gado com Guias de Trânsito Animal (GTAs) falsificadas, usadas para tentar “esquentar” os bois roubados. Outros 47 animais foram localizados em uma fazenda às margens da BR-364, já revendidos a um comprador de boa-fé.
“Foi uma ação integrada entre o 1º, 2º e 3º Batalhão. Conseguimos identificar todos os envolvidos no crime e apreender os animais. Um dos suspeitos foi preso no bairro Nova Estação, em Rio Branco, tentando fugir. Ele chegou a esconder os celulares dentro de uma máquina de lavar cheia de água para se livrar das provas”, explicou Russo.
Durante as investigações, a polícia também recuperou as duas motocicletas roubadas e prendeu cinco suspeitos. Todos foram conduzidos à Delegacia de Flagrantes (Defla), onde devem responder por roubo, cárcere privado e associação criminosa.
Funcionários foram ameaçados e agredidos
Um dos funcionários relatou que os criminosos ameaçaram constantemente as vítimas, dizendo que atirariam e “amolariam facas” caso tentassem reagir. Um dos trabalhadores chegou a ser agredido durante o sequestro.
Segundo o tenente-coronel Russo, há indícios de que o grupo faz parte de uma quadrilha especializada em roubo de gado, que atua falsificando GTAs e revendendo os animais para fazendas de diferentes municípios.
“A Polícia Civil tem agora uma grande quantidade de elementos que conseguimos reunir. Essa quadrilha estava bem organizada e vinha lesando pecuaristas que fazem a economia rural girar. Conseguimos impedir um prejuízo milionário”, finalizou o oficial.
Com informações de Luan Rodrigo, para a TV Gazeta



