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Home Coluna da Casa Escavando História
  • A Voz das Selvas: inovações e transformações da Rádio Difusora Acreana

    por Agazeta.Net
    12 de novembro de 2025
    em Escavando História
    A Voz das Selvas: inovações e transformações da Rádio Difusora Acreana

    Arte por: Ruimar Cavalcante do Carmo Junior

    Ouça Aqui

    A história da Rádio Difusora Acreana é mais do que um simples registro sobre comunicação é um retrato da própria formação social e cultural do Acre. O texto busca mostrar como a emissora, desde sua criação em 1944, acompanhou as transformações políticas, tecnológicas e identitárias do estado, tornando-se parte essencial da vida cotidiana dos acreanos. Ao discutir suas mudanças e permanências ao longo das décadas, especialmente entre 1975 e 2024, o estudo revela a importância da Difusora como espaço de informação, resistência e memória coletiva, reforçando seu papel na construção do sentimento de pertencimento e na valorização da identidade regional acreana.

    A Rádio Difusora Acreana foi fundada em 7 de agosto de 1944, em plena Segunda Guerra Mundial, como parte de um projeto do então governador Silvestre Coelho. Sua primeira transmissão experimental marcou a inauguração de um novo tempo para o Acre, quando a população, antes isolada pela geografia da floresta, passou a ter acesso a notícias locais, nacionais e internacionais. O próprio governador abriu a programação ressaltando que a rádio representava “um melhoramento sobremodo proveitoso ao desenvolvimento intelectual e ao progresso desta abençoada terra”1

    A fundação da emissora não foi um ato isolado, mas resultado das necessidades políticas e econômicas do período. O Acre era estratégico na produção de borracha para os Aliados, e o rádio se tornou ferramenta fundamental para aproximar o estado do restante do Brasil. Ao mesmo tempo, a rádio serviu como instrumento de integração social, transmitindo músicas, programas culturais e comunicados oficiais. Dessa forma, a população passou a se reconhecer nas ondas sonoras, criando um vínculo afetivo e identitário.

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    Com o passar das décadas, a Rádio Difusora se consolidou como referência no estado. Durante os anos 1950 e 1960, expandiu sua programação, dando espaço à cultura popular e às vozes locais. Já nos anos 1970, se tornou palco de disputas ideológicas, servindo tanto à voz oficial do governo quanto às resistências políticas que encontravam no microfone uma forma de expressão. Essa capacidade de adaptação ora como meio de informação, ora como arena de debate garantiu à emissora uma posição central na vida cotidiana dos acreanos, que a batizaram de maneira afetiva como “a Voz das Selvas”.

    Ao longo de suas quase cinco décadas mais recentes, entre 1975 e 2024, a Rádio Difusora Acreana acompanhou transformações profundas na comunicação e na própria sociedade do Acre. Mais do que uma simples linha do tempo, a história da Difusora revela como ela se consolidou como parte da vida cotidiana dos acreanos, sendo ao mesmo tempo espaço de informação, de resistência, de construção de identidade regional e memória sonora de um território em formação.

    A construção da identidade acreana foi, desde o início, marcada pela luta contra o isolamento. O Acre só foi incorporado oficialmente ao Brasil em 1903, com o Tratado de Petrópolis, mas mesmo após essa conquista o território continuou distante, tanto geograficamente quanto simbolicamente, do restante do país. Entre rios extensos e selvas densas, surgia o desafio: como criar um sentimento de pertencimento em uma região onde a presença do Estado ainda parecia tão distante?

    Nesse cenário, os meios de comunicação começaram a ganhar força como ferramentas de integração. O rádio, em especial, se tornaria um aliado poderoso na construção do “ser acreano”. Como observa Francisco de Moura Pinheiro2, até mesmo programas simples e cotidianos despertavam enorme interesse, aproximando a população de sua própria memória histórica de um jeito que a sala de aula muitas vezes não conseguia.

    Foi assim que, em 7 de agosto de 1944, nasceu a Rádio Difusora Acreana. A inauguração ocorreu em plena Segunda Guerra Mundial, quando o comércio da borracha, vital para os Aliados, recolocava o Acre no mapa econômico e estratégico do Brasil. Em sua transmissão experimental, o então governador Silvestre Coelho anunciou que a rádio seria um “melhoramento sobremodo proveitoso ao desenvolvimento intelectual e ao progresso desta abençoada terra”. Mais do que um discurso político, era a declaração de que o Acre, finalmente, encontrava uma voz capaz de atravessar rios, florestas e distâncias.

    Durante a década de 1970, a Rádio Difusora Acreana passou a desempenhar um papel ainda mais complexo, transformando-se em cenário de conflitos políticos e ideológicos. O Acre passava por um período de transições de poder, legados do regime militar e intenso controle governamental sobre os meios de comunicação. Nesse cenário, a emissora foi empregada como ferramenta do governo para disseminar mensagens oficiais, fortalecer a autoridade política e engajar a população nas pautas administrativas.

    No entanto, como destaca Francisco Bento da Silva3, a Difusora não foi apenas um canal de propaganda. Paradoxalmente, abriu também espaço para manifestações contrárias ao regime, funcionando como veículo de resistência. Programas de debates, músicas regionais e até a fala de radialistas locais criaram brechas por onde circulavam críticas, reivindicações sociais e visões alternativas ao discurso oficial.

    Esse duplo papel fez da rádio algo único: por um lado, era a “voz do governo”; por outro, uma plataforma popular onde surgiam críticas a problemas urbanos, denúncias de desigualdade e manifestações de descontentamento da população acreana. Foi exatamente essa interação entre autoridade e resistência que estabeleceu a Difusora como um local de memória política, espelhando as tensões de um estado que tentava consolidar sua identidade diante das pressões nacionais.

    Essa dualidade é essencial para compreender o papel do rádio em contextos regionais: não apenas como reflexo do poder central, mas também como espaço de disputa de memórias, narrativas e significados. Na prática, isso se manifestava de várias maneiras. Os discursos de governadores e autoridades tinham como objetivo fortalecer a imagem oficial do Estado, destacando realizações, iniciativas e discursos voltados ao progresso. Simultaneamente, programas populares, como os de entretenimento musical e noticiários locais, permitiam que a população se sentisse representada ao registrar suas demandas, críticas e preocupações.

    A Rádio Difusora Acreana, portanto, tornou-se uma fonte viva da história. Foi por meio da oralidade dos radialistas, das músicas regionais que exaltavam a cultura amazônica e até dos telefonemas de ouvintes que se construiu uma memória coletiva. Nesses momentos, a rádio deixava de ser apenas instrumento de governo e se transformava em arena de resistência simbólica, onde a voz popular encontrava caminhos para se fazer ouvir em meio a um cenário político marcado por tensões e disputas.

    Foto presencial do programa em andamento com um de seus radialistas, Antônio Jose Costa de Macedo

    Rádio Difusora Acreana completa 75 anos de prestação de serviços à sociedade acreana Foto: Neto Lucena

    Entre 1975 e 2024, o rádio precisou enfrentar sucessivas ondas de inovação tecnológica que ameaçavam sua relevância. A chegada da televisão reduziu a audiência radiofônica, já que as imagens passaram a disputar a atenção do público. Nos anos 1990, com o surgimento da internet, a situação se intensificou: a velocidade da comunicação online parecia tornar o rádio obsoleto. Mais recentemente, as redes sociais passaram a concentrar a interação imediata com notícias e entretenimento, desafiando diretamente a função tradicional das emissoras.

    No entanto, essas mudanças não significaram o fim do rádio, mas sim o seu renascimento. Várias emissoras, incluindo a Rádio Difusora Acreana, conseguiram se adaptar: desenvolveram versões digitais de suas programações, apostaram em transmissões ao vivo pela web e utilizaram formatos contemporâneos, como podcasts. Como apontam Magnoni e Rodrigues4, “com 90 anos de história no Brasil, o rádio necessita buscar as melhores formas de aproveitar as novas tecnologias para revitalizar sua programação”. Essa análise evidencia como o rádio evoluiu de um meio exclusivamente analógico para uma plataforma multimídia, habilitada para se conectar e interagir com diversas gerações.

    E foi exatamente isso que a Rádio Difusora fez: reinventou-se. Da transmissão analógica, passou gradualmente ao formato digital, ampliando seu alcance para além das ondas hertzianas tradicionais. Hoje, é possível acompanhar sua programação pela internet em tempo real, o que permitiu que acreanos que vivem em outras regiões do Brasil e até no exterior mantenham contato com a realidade de sua terra natal.

    A emissora também incorporou podcasts, que oferecem ao público a possibilidade de ouvir conteúdos em qualquer horário, adaptando-se à rotina acelerada da vida moderna. As redes sociais, por sua vez, abriram espaço para uma interação inédita: ouvintes podem comentar programas, sugerir pautas e até cobrar posicionamentos ao vivo, criando uma relação mais horizontal entre emissora e comunidade.

    Essas mudanças não descaracterizaram a Difusora; ao contrário, reforçaram sua identidade como “voz do povo”. Agora, porém, essa voz ecoa em múltiplos canais do rádio tradicional ao celular conectado demonstrando a capacidade de permanência de um veículo que, mesmo diante de tantas previsões de extinção, continua essencial para a vida social e cultural do Acre.

    Nesse processo, cabe lembrar a reflexão de Stuart Hall (1997): os meios de comunicação não apenas informam, mas “negociam identidades”. A rádio, no Acre, é isso: lugar de negociação entre o passado e o futuro, entre o local e o global.

    A voz que um dia ecoou pelas selvas hoje ressoa nos aplicativos de celular, mas sua essência continua a mesma: conectar pessoas, histórias e sonhos.

    ____
    [1] REVISTA A VOZ DAS SELVAS. História da Rádio Difusora Acreana. Rio Branco: FEM, 1999.

    [2] PINHEIRO, Francisco de Moura. Hondas artesianas. Rio Branco: Nepan Editora, 2012.

    [3] CIDREIRA, Jefferson Henrique; SILVA, Francisco Bento da. Rádio Difusora Acreana: discurso oficial e discurso de resistência entre os anos 1971 e 1981. Examãpaku, Boa Vista, v. 7, n. 1, p. 60–75, 2014.

    [4] MAGNONI, Antônio Francisco; RODRIGUES, Kelly De Conti. O rádio e a adaptação à nova era das tecnologias da comunicação e informação: contextos, produção e consumo. In: ENCONTRO NACIONAL DE HISTÓRIA DA MÍDIA, 9., 2013, Ouro Preto. Anais… Ouro Preto: Universidade Federal de Ouro Preto, 2013.

    [5] HALL, Stuart. A Identidade Cultural na Pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 1997.

     

     

    Matheus Amorim Macedo Ferreira, Bacharelando em História pela Universidade Federal do Acre (Ufac). Secretário-Geral do Centro Acadêmico Pedro Martinello.

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