O presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, vereador Joabe Lira (União Brasil), esteve no início da noite desta quinta-feira (13) no Pronto-Socorro da capital para visitar o gari Francisco Ferreira da Silva, funcionário da empresa Limpebras, que sofreu uma agressão grave enquanto trabalhava na coleta domiciliar. Francisco foi atingido no rosto por uma pedra após se recusar a recolher vidro descartado de forma irregular.
O impacto fraturou dois ossos da face do trabalhador, que permanece internado e aguarda cirurgia bucomaxilofacial.
Joabe classificou o ataque como “brutal e inadmissível”. Para ele, a agressão configura uma situação de extrema violência:
“Francisco é um trabalhador dedicado, como tantos outros que mantêm nossa cidade limpa. O que aconteceu hoje é uma tentativa de homicídio e precisa ser tratada com todo o rigor.”
O parlamentar colocou o gabinete à disposição do trabalhador e da família e afirmou que acompanhará o caso junto à direção da Limpebras. Ele também irá à empresa nesta sexta-feira (14) para dialogar com os demais coletores e solicitar providências que garantam a responsabilização do agressor.
Como ocorreu a agressão
O ataque aconteceu na Travessa Havaí, no bairro da Glória, região da Sobral. Segundo relatos de colegas, Francisco se recusou a recolher um volume de vidro deixado sem nenhum tipo de proteção (atitude correta e prevista pelas normas de segurança).
O morador teria se irritado com a negativa e arremessado um tijolo contra o rosto do gari, que desmaiou e foi socorrido às pressas. O agressor fugiu e ainda é procurado pela Polícia Civil.
A Limpebras acompanha o caso e presta suporte ao trabalhador e à família.
Garis suspendem coleta em protesto por segurança
A violência gerou grande revolta entre os coletores, que chegaram a suspender temporariamente a coleta na manhã desta sexta-feira (14). Eles reivindicam garantias de segurança e reforço nas campanhas de conscientização sobre o descarte correto de resíduos.

Materiais como vidros, agulhas e objetos perfurocortantes devem ser embalados adequadamente e sinalizados para evitar riscos. Vidro solto ou quebrado não pode ser recolhido por ser considerado altamente perigoso.
Secretário Municipal: prioridade é “proteger a integridade física do trabalhador”
O secretário municipal de Cuidados com a Cidade, Tony da Rocha Roque, confirmou as informações e destacou que o procedimento adotado pelo gari foi correto.
Sobre o caso, Tony afirmou:
“O gari estava coletando quando o agressor pediu para que ele recolhesse um resíduo que não estava acondicionado de forma legal. Ao negar por segurança, ele foi agredido.”
O secretário garantiu que o trabalhador está recebendo toda a assistência necessária:
“Desde o momento do fato, a direção da empresa e a Secretaria estão acompanhando. O técnico de segurança do trabalho está junto à família.”
Tony também reforçou que a legislação determina responsabilidade compartilhada:
“A Prefeitura oferta o serviço, mas a população tem o dever de acondicionar corretamente o lixo. Resíduos perfurocortantes devem estar embalados para proteger o coletor.”
Ele descartou, por enquanto, uma paralisação geral:
“Não haverá paralisação. Mas a situação será acompanhada pela empresa e pela Prefeitura.”



