A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes na última sexta-feira (22), provocou forte reação entre lideranças políticas do Acre. Nas redes sociais, parlamentares aliados classificaram a decisão como injusta, sem fundamentação suficiente e motivada por perseguição.
As manifestações ocorreram poucas horas após a operação da Polícia Federal que levou Bolsonaro para uma sala de Estado Maior na sede da PF em Brasília, onde permanece sob monitoramento médico e restrição de visitas.
Roberto Duarte lamenta “momento delicado” e diz que Justiça virou “arma política”
O deputado federal Roberto Duarte publicou uma nota afirmando solidariedade ao ex-presidente e criticou o que considera excesso no uso do Judiciário.
“Qualquer medida extrema que ignore garantias fundamentais precisa ser vista com responsabilidade (…) Quando a justiça deixa de agir com equilíbrio e passa a ser usada como arma política, quem perde é o Brasil”, disse o deputado em vídeo postado em suas redes sociais.
Ele ainda afirmou que estará “firme ao lado de Bolsonaro na defesa da liberdade e da justiça”.
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Coronel Ulysses diz que prisão é “perseguição escancarada”
O ex-deputado federal Coronel Ulysses, uma das vozes mais alinhadas ao bolsonarismo no Acre, publicou uma crítica mais dura, classificando a prisão preventiva como descabida.
“PRISÃO PREVENTIVA? Sem crime, sem risco, sem justificativa. Isso não é Justiça — é perseguição escancarada.”
Ulysses afirmou que o Brasil assiste ao uso político do Judiciário e reforçou apoio direto ao ex-presidente:
“Siga firme, capitão, estamos com você!”
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Márcio Bittar: “Bolsonaro é um preso político”
O senador Márcio Bittar também se manifestou nas redes sociais e citou a facada sofrida por Bolsonaro em 2018 ao criticar o sistema judicial.
“Bolsonaro é um preso político. Sua prisão é ilegal. (…) O sistema o tortura ainda mais. FORÇA CAPITÃO!”
Bittar já havia criticado decisões anteriores do Supremo envolvendo operações contra o ex-presidente e seus aliados.
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O que levou à prisão preventiva de Bolsonaro
A prisão preventiva não está ligada diretamente ao cumprimento da pena de 27 anos à qual Bolsonaro foi condenado pelo STF em setembro de 2025, ainda em fase de recursos. A medida foi motivada por:
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violação registrada da tornozeleira eletrônica, indicando possível tentativa de fuga;
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convocação de vigília por Flávio Bolsonaro, vista pelo ministro Alexandre de Moraes como risco de obstrução;
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descumprimentos anteriores de medidas cautelares, como uso inadequado das redes sociais;
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indícios de articulações para buscar refúgio em embaixadas.
A Primeira Turma do STF deverá referendar a decisão em sessão extraordinária.



