O pastor Natalino do Nascimento Santiago, de 50 anos, acusado de assassinar a esposa Auriscléia Lima do Nascimento, de 25, será julgado pelo Tribunal do Júri no dia 9 de dezembro, conforme decisão da Vara Criminal de Capixaba, no interior do Acre.
O crime ocorreu em junho deste ano, na Comunidade Campo Alegre, zona rural do município. Segundo as investigações, Auriscléia foi morta com golpes de facão. Durante o ataque, o filho adolescente da vítima também foi ferido. Inicialmente tratado como tentativa de homicídio, o caso envolvendo o menor passou a ser classificado como lesão corporal, conforme decisão judicial.
Após o assassinato, Natalino fugiu e permaneceu quatro dias foragido. Ele acabou preso no dia 14 de junho, em uma área de mata dentro da Resex Chico Mendes. No dia seguinte à captura, a Justiça decretou a prisão preventiva do acusado, considerando a reincidência criminal.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), Natalino já possui condenação anterior de 35 anos de prisão por homicídio, em um crime cometido em 2011, no bairro Palheiral, em Rio Branco. Após obter progressão de regime, ele descumpriu medidas cautelares e voltou a ser considerado foragido.
Denúncia e investigação
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) denunciou o pastor por feminicídio qualificado, com agravantes da Lei Maria da Penha, além de tentativa de homicídio qualificado e tentativa de homicídio simples.
Na audiência de instrução, realizada no dia 25 de agosto, a defesa pediu a exclusão das acusações, mas o juiz entendeu que havia provas suficientes para levar o réu a julgamento pelo Tribunal do Júri.
Natalino é assistido pela Defensoria Pública do Acre (DPEAC), que não se manifesta sobre processos em andamento.
Ainda segundo a Justiça, Natalino já matou outra mulher e um homem em diferentes ocasiões, incluindo um crime ocorrido em Senador Guiomard e outro no bairro Palheiral, em Rio Branco.
Diante do novo processo, ele poderá receber nova condenação caso seja considerado culpado pelos jurados.
Canais de Ajuda
A denúncia e o rompimento do ciclo de violência são passos desafiadores, mas necessários, que demandam suporte de familiares, amigos e instituições especializadas. O acolhimento da vítima é essencial para romper o ciclo de violência e desvincular-se do agressor.
As vítimas podem procurar a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) pelo telefone (68) 3221-4799 ou a delegacia mais próxima.
Também podem entrar em contato com a Central de Atendimento à Mulher, pelo Disque 180, ou com a Polícia Militar do Acre (PM-AC), pelo 190.
Outras opções incluem o Centro de Atendimento à Vítima (CAV), no telefone (68) 99993-4701, a Secretaria de Estado da Mulher (Semulher), pelo número (68) 99605-0657, e a Casa Rosa Mulher, no (68) 3221-0826.
Com informações de Rose Lima, para a TV Gazeta.



