O senador acreano Márcio Bittar (PL) fez duras críticas a aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro e declarou apoio público à pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência da República. A manifestação foi feita em um vídeo divulgado nas redes sociais, no qual Bittar acusou lideranças políticas de se beneficiarem do capital eleitoral do bolsonarismo, mas se distanciarem do ex-presidente diante do atual cenário político.
Segundo o senador, há um “silêncio criminoso” por parte de políticos que chegaram ao poder com o apoio direto de Bolsonaro e que agora evitam se posicionar.
“Muitos querem os votos bolsonaristas, mas não querem Bolsonaro. A ingratidão é a porta de entrada da traição”, afirmou.
Declaração de fidelidade política
No pronunciamento, Bittar relembrou episódios da campanha de 2018 e destacou a influência de Bolsonaro em sua trajetória política, especialmente na disputa ao Senado pelo Acre.
“Eu sei muito bem a importância que teve o presidente Bolsonaro em campanha em 2018. Ele gravou um vídeo pedindo votos para mim, e aquilo foi decisivo numa eleição duríssima”, declarou.
O senador afirmou que sua posição sempre foi clara desde o início de 2023:
“Eu disse que ficaria com Bolsonaro ou com quem ele indicasse. Hoje, eu digo novamente: meu candidato chama-se Flávio Bolsonaro.”
Críticas ao sistema político e defesa de Bolsonaro
Durante a fala, Márcio Bittar saiu em defesa do ex-presidente, a quem classificou como vítima de perseguição política. Para ele, Bolsonaro continua sendo o principal líder da direita brasileira.
“Como é que eu não vou ter amor a alguém que passou 28 anos na Câmara sem nunca ter o nome envolvido em corrupção? Foi o único presidente civil cujo governo não teve escândalos de corrupção”, afirmou.
O senador também contestou as acusações que pesam contra Bolsonaro, afirmando que não houve tentativa de golpe no país e criticando o que chamou de criminalização do ex-presidente.
Contexto político
Jair Bolsonaro está atualmente inelegível, após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o condenou por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Além disso, o ex-presidente responde a investigações no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionadas aos atos de 8 de janeiro de 2023.
Diante desse cenário, aliados discutem alternativas eleitorais para manter o bolsonarismo competitivo nas eleições presidenciais. Flávio Bolsonaro surge como um dos nomes ventilados, embora o campo da direita também inclua outras lideranças, como governadores e senadores.
Apesar disso, Bittar deixou claro que não pretende se afastar da liderança simbólica de Jair Bolsonaro.
“O meu líder chama-se Jair Messias Bolsonaro. Eu sigo com ele e com quem ele indicar”, reforçou.
Ver essa foto no Instagram



