Em um vídeo divulgado na quinta-feira (11), o senador Márcio Bittar (União Brasil-AC) fez fortes críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e a outras figuras da Corte. Na gravação, o parlamentar acusa o magistrado de extrapolar suas funções e interferir em decisões da Câmara dos Deputados.
As críticas surgem após a Câmara ter aprovado, na quarta-feira (10), a suspensão do mandato do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) e rejeitado o processo que poderia levar à cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP). Bittar afirma que, horas depois da decisão, Moraes teria anulado a medida tomada pelos parlamentares.
Segundo o senador, essa intervenção configuraria afronta ao Legislativo. “Deputados votaram ontem a suspensão do mandato do Glauber e também suspenderam a possibilidade de cassação do mandato da Carla Zambelli, mas já não tô nada. Desde hoje, esse ministro disse que o que a Câmara fez está anulado”, declarou.
No vídeo, Bittar também cita um suposto contrato de R$ 129 milhões envolvendo a esposa de Alexandre de Moraes, valor que, segundo ele, seria destinado a prestar assessoria ao Banco Master. A informação não foi confirmada oficialmente e circula como denúncia nas redes sociais.
Ele também mencionou o ministro Dias Toffoli, afirmando que o magistrado teria viajado em um avião fretado por um advogado ligado ao Banco Master e decretado sigilo sobre investigações relacionadas à instituição financeira.
“Voltando ao Brasil, o ministro decreta sigilo ad eternum na apuração dos roubos, do desvio do Banco Máster, que mexe com o mercado econômico do Brasil”, disse.
Bittar ainda retomou acusações veiculadas anteriormente pela imprensa de que Toffoli teria utilizado aeronave supostamente ligada a membros do crime organizado. Nenhuma dessas alegações foi reconhecida oficialmente pelo STF.
Durante o discurso, Márcio Bittar reforçou a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que ele não teria sido condenado por corrupção. Ele classificou as decisões recentes de ministros do Supremo como parte de um sistema que, segundo ele, reage contra quem o enfrenta.
“Bolsonaro foi preso, caçado, porque ousou se colocar contra o sistema. Agora a gente vê que os ministros podem fazer tudo. Eles se sentem acima do bem e do mal, mas as coisas mudam. E mais cedo ou mais tarde, a verdade vai prevalecer”, afirmou.



