Rio Branco enfrentou um cenário crítico após cerca de 12 horas ininterruptas de chuva, registradas entre quarta e a manhã desta quinta-feira (18). O volume elevado provocou alagamentos em diferentes regiões da capital, afetou famílias que vivem em áreas de risco e manteve a Defesa Civil Municipal em alerta máximo desde as primeiras horas do dia.
De acordo com o boletim divulgado pela Defesa Civil, o acumulado oficial de chuva nas últimas 24 horas chegou a 108,4 milímetros. Apenas até as 5h da manhã, foram registrados 36,60 milímetros. O Rio Acre marcou 9,05 metros no mesmo horário, apresentando elevação, mas ainda abaixo da cota de alerta, que é de 13,50 metros. A cota de transbordo é de 14 metros.
Mesmo com o nível do rio dentro da normalidade, a preocupação das equipes se concentra na rápida elevação dos igarapés e no encharcamento do solo, fatores que aumentam o risco de alagamentos e desmoronamentos, principalmente em áreas vulneráveis.
Segundo o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, um gabinete de crise foi acionado ainda na madrugada, e as equipes estão nas ruas desde as 5h monitorando os impactos da chuva.
“O gabinete de crise foi acionado desde as cinco da manhã. Estamos verificando todos os prejuízos agravados pela chuva e a quantidade de bairros afetados está aumentando. Continuaremos nas ruas para atender situações de alagamento e desmoronamento”, afirmou Falcão durante entrevista ao vivo ao programa Gazeta Alerta.
Na região da Baixada da Sobral, uma das áreas mais sensíveis da capital, cerca de 500 pessoas foram diretamente atingidas pelos alagamentos. A Defesa Civil informou ainda que, na quarta-feira (17), uma família precisou ser retirada da própria residência no bairro Canaã, devido ao risco de desmoronamento às margens do igarapé Judia.
As equipes seguem monitorando pontos críticos da cidade e orientam a população que vive em áreas de risco a ficar atenta a sinais de deslizamento. Em caso de emergência, a recomendação é acionar imediatamente a Defesa Civil.



