Junção tem como efeito rompimento da ala sindical com corrente majoritária
Os deputados federais do PT, Sibá Machado e Taumaturgo Lima, decidiram unir forças na disputa pela presidência do partido que ocorrerá em novembro. Em constante conversa desde a semana passada em Brasília, os dois decidiram juntar as duas candidaturas como forma de enfrentar seu principal adversário, Ermício Sena, pertencente à Democracia Radical (DR), corrente que hoje comanda o PT no Acre.
Pelo acordo, Sibá Machado será o candidato a presidente, com Taumaturgo Lima na vice. A longa trajetória de militância petista de Sibá combinada com sua experiência de já ter sido residente o gabaritaram a tomar a dianteira.
A fusão representa a união das correntes Democracia Socialista (DS) com a Articulação. Outro resultado desta costura é a ida da Articulação Sindical, liderada por Manoel Lima, ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Até semanas atrás a ala sindical do PT era aliada fiel da DR, apoiando Ermício Sena. Ex-presidente do PT, Sibá Machado tentará retomar o comando juntando as principais lideranças descontentes com os rumos da legenda nos últimos anos. Eles criticam o domínio do atual campo majoritário por beneficiar somente um grupo seleto de filiados e centralizar as decisões numa única voz.
Além dos deputados federais, a candidatura de Sibá terá o apoio de dois dos três deputados estaduais, além de vereadores de Rio Branco e interior. A corrida pela presidência passou a ser vista como a luta entre os filiados com mandatos eletivos e representatividade social, contra os cargos comissionados do governo e prefeitura.
“Será a disputa dos militantes com voto e dos sem voto. Esta é uma diferença que pesa na balança e aumenta as chances de equilíbrio de forças dentro do partido”, diz uma fonte. A oficialização da união das chapas de Sibá e Taumaturgo ocorrerá em evento programado para este sábado no auditório da Seaprof.