Regime prisional barrou matrícula dos classificados
Seis pessoas privadas de liberdade no Acre foram impedidas de ingressar em uma universidade pelas notas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) 2012. Dos 394 presos que fizeram o certame, 33 alcançaram a média necessária para a certificação do ensino médio e seis conseguiram a aprovação para cursarem nível superior por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) – que uma das regras é ter feito o Enem, mas foram barrados pela Justiça.
De acordo com a coordenadora de Educação do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), Helena Guedes, o impedimento ocorreu devido a essas seis pessoas estarem em regime fechado. “Se elas estivessem cumprindo semiaberto a juíza teria liberado”, disse a coordenadora.
Caso liberados, os presos estudariam no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre (IFAC).
O Ministério da Educação (MEC) abriu as inscrições para os responsáveis pelas unidades prisionais e socioeducativas do país que terão presos interessados em passar pelo Enem 2013.
As provas para as pessoas privadas de liberdade e jovens sob medida socioeducativas será realizada em 3 e 4 de dezembro. No primeiro dia, serão aplicadas provas de ciências humanas e suas tecnologias e de ciências da natureza e seis tecnologias, com duração de 4 horas e 30 minutos.
No segundo dia, as de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e matemática, com duração de 5 horas e 30 minutos.
Para a certificação do ensino médio, os internos devem alcançar 400 pontos em conhecimentos gerais e 500 na redação.