Data é lembrada como garantia dos direitos dos hansenianos
Nesta terça-feira, 24, foi comemorado o aniversário de 31 anos do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase no Acre – Morhan. Em solenidade realizada no teatro Plácido de Castro, a história do movimento foi lembrada como um marco na garantia dos direitos dos hansenianos ao tratamento da doença, ao pleno convívio social e à reparação dos prejuízos emocionais.
“Fomos convidados em 2008 pra fazer esse trabalho e assumimos essa responsabilidade de lutar contra o preconceito e buscar mais dignidade para essas pessoas”, declara Elson Dias, presidente do Morhan – AC.
Atualmente, o Morhan conta com uma equipe de 30 trabalhadores voluntários. São mais de 1000 filiados em todo o estado, a maioria vítimas da hanseníase que já se submeteram ou ainda estão em tratamento, além de familiares dos hansenianos.
A solenidade de comemoração dos 31 anos do Morhan no Acre também foi um momento de avaliar o trabalho da entidade ao longo de mais de três décadas prestando assistência às vítimas da doença.
Segundo um levantamento da Secretaria Estadual de Saúde, na década de 80, a incidência da doença chegou a 100 casos de hanseníase por cada 1.000 habitantes. Atualmente, são apenas 2 casos por cada 1.000 habitantes.
Para as autoridades de saúde, a erradicação da doença ainda é uma meta a ser atingida, mas a oferta de tratamento gratuito e principalmente o diagnóstico precoce, realizado através dos serviços de saúde, é uma realidade que já pode ser comemorada.