Outra linha
O governo tem investido em segurança, tentado garantir o aparelhamento das policiais, reforçar sua presença nas ruas, mas a violência continua descontrolada. A razão é simples: não será a repressão que dará ao cidadão a sensação de tranquilidade, é o Estado aplicar forte em políticas públicas de cunho social, atacar no ponto que é a pobreza.
Ataque certo
Pobreza extrema, falta de emprego, distribuição de renda injusta e concentrada num pequeno nicho, além do aumento descontrolado das drogas. Tudo isso contribui para a violência descontrolada, mesmo colocando as Forças Armadas nas ruas. O remédio que estão aplicando no paciente não está surtindo o devido efeito.
Livre passagem
Nossas fronteiras continuam abertas para quem quiser passar. Prometeu-se um tal pelotão fluvial para patrulhar o rio Acre nos municípios limítrofes. Até hoje as embarcações estão paradas nos batalhões. Traficantes encontram uma porteira aberta para sua livre passagem.
Reconhecimento
Aqui, porém, vai o reconhecimento ao brilhante trabalho da PM nas negociações com os assaltantes da casa lotérica. Os oficiais e praças mostraram competência em situação de risco. É claro que o melhor mesmo é este tipo de situação não ocorrer, mas as forças policiais estão à altura de suas congêneres de SP ou RJ.
Reclames
O cidadão manda e-mail com o seguinte comentário: é difícil ver policiamento ostensivo na região central da capital, mas em qualquer via lá estão os “amarelinhos” do Detran com blitz às 10h da manhã prontos para multar qualquer motorista. O Estado é eficiente para punir o cidadão, mas em contrapartida não oferece a segurança necessária.
Institucional
O tucano Márcio Bittar usou o Facebook para comentar notinha da coluna sobre a vista do prefeito André Maia (PT) ao seu gabinete da primeira-secretaria da Câmara: “Meu gabinete está aberto para recepcionar qualquer autoridade investida no cargo, ainda que de forma interina. Recepcionar o prefeito, em exercício, de Senador Guiomard está dentro dessa esfera de atribuições.”
Institucional II
Segundo ele, a recusa em receber o petista o colocaria em pé de igualdade com seus adversários políticos do governo, que fecham as portas para prefeitos de oposição. “Para o aliado, tudo, para o adversário, nada. Esse não é meu lema. O interesse da sociedade deve estar acima das divergências políticas”, diz o tucano.
Emendas
Deputados de vários partidos se reuniram ontem para discutir a proposta de emenda constitucional que obriga o governo do estado a liberar as emendas individuais dos parlamentares, que todos os anos são alocadas no orçamento, mas nunca liberadas.
Unânime
O deputado Luiz Tchê (PDT) foi o responsável por apresentar a PEC, que teve o apoio unânime dos deputados. Ele argumenta que em todas as Assembleias Legislativas do país os deputados têm direito de alocar emendas. Em alguns estados os valores liberados por indicação do parlamentar superam R$ 1 milhão.
Comissão
Esta semana foi criada uma comissão especial para discutir a emenda. O presidente, deputado Moisés Diniz(PCdoB), já declarou que é favorável a aprovação. “Já tenho uma posição firmada, vou votar a favor e a gora é só seguir os trâmites da casa”, afirma Moisés Diniz.
Prazo
A comissão especial que analisa a PEC terá um prazo de 60 dias para apresentar um parecer. Para ser aprovada, a PEC precisa obter maioria absoluta de votos favoráveis, o que não será difícil de acontecer, já que deputados da oposição e da base governista defendem a medida.