Roupas lavadas
O pré-candidato Márcio Bittar (PSDB) antes de receber o apoio de importantes lideranças de Brasileia neste fim de semana precisou lavar a roupa suja restante de 2012. E o acúmulo de roupa suja estava maior justamente no diretório do PMDB, do prefeito Everaldo Gomes. Os peemedebistas até pouco tempo não perdoavam os tucanos por lançarem a malfadada candidatura de Emerson Leão na cidade, o que colocou em risco as chances de vitória da oposição, tirando do PT um reinado de 12 anos.
Voz perdida
Márcio Bittar era contra a candidatura do PSDB em Brasileia, pois sabia que o partido não tinha a mínima chance de vitória. Mesmo sendo o presidente regional, ele foi vencido pelo grupo de Tião Bocalom que ainda dominava a legenda. Por sinal, a atuação deste grupo fez verdadeiras operações desastradas em 2012.
Emergência
Márcio tentou atuar como bombeiro para amenizar os danos causados por estes “operadores políticos”, justamente de olho em 2014, para se evitar um desgaste na união dos partidos na corrida pelo Palácio Rio Branco.
Emergência II
Exemplo disso foi em Tarauacá, quando ele evitou o PSDB de ter candidatura própria apenas para afrontar a prefeita Marilete Vitorino (PSD), apoiada por Sérgio Petecão (PSD). Márcio até evitou, mas Vitorino saiu derrotada, e hoje Petecão tem como melhores aliados os “amigos” de Bocalom.
Respaldo
Após a roupa suja lavada, os peemedebistas de Brasileia e Epitaciolândia manifestaram apoio ao tucano. Deixaram as mágoas para trás e se prontificaram a trabalhar pela unidade da oposição, direcionando o PMDB no sentido de estar ao lado do PSDB no próximo ano.
Duro golpe
A criação do Solidariedade no Alto Acre foi um duro golpe para o PSD de Sérgio Petecão. Até o presidente do Diretório Municipal arrumou as malas e se filiou á nova legenda, levando toda a sigla para o palanque do PSDB. Outra legenda prejudicada foi o DEM, fruto de intervenção que colocou Bocalom na presidência.
Fraqueza
O fato é que a candidatura do senador Petecão ao governo está se mostrando inviável do ponto de vista político. Falta-lhe apoio nos municípios, seu partido não tem representação e o seu nome é apontado como um dos principais responsáveis pelos fracassos da oposição nos últimos anos.
Legitimidade
Anibal Diniz (PT) passou a atuar desde sábado dentro do partido para amenizar a rejeição ao seu nome dentro das tendências minoritárias, que apoiam Sibá Machado a presidente do PT e sua candidatura ao Senado. Anibal quer conquistar os grupos descontentes para não enfrentar problemas num eventual embate interno.
Correção
O senador errou ao declarar apoio a Emírcio Sena para presidente do PT e ainda alfinetar Sibá por ele ter assinado a CPI da BR-364. Esta postura enfureceu os apoiadores de Sibá, que passaram a trabalhar para fortalecer Sibá ao Senado. Anibal até mostrou simpatia pelo nome do deputado para a presidência do partido.
Território marcado
A postura do PT em oficializar Anibal ao Senado é um claro recado ao PCdoB, que há menos de uma semana fez o mesmo com o nome de Perpétua Almeida. Este é o primeiro sinal de que os petistas não vão ceder um milímetro aos camaradas, criando o mesmo ambiente de 2012 pela prefeitura da capital.
Articulações
Informações dão conta de que Henrique Afonso (PV) trabalha em Brasília para ter o apoio do PSB em seu palanque para o governo. O argumento do verde é que ele daria um palanque robusto a Eduardo Campos no Acre.
Caminhos
E Henrique Afonso agora tem um bom caminho até ao presidente do PSB: Marina Silva. Amigos de longas datas dentro do PT, os dois também têm em comum a fé evangélica. Marina pode ser uma boa interventora para assegurar a aliança PV e PSB no Acre.