Consenso – nem tanto
Na sexta passada o PT decidiu oficializar Anibal Diniz (PT) como candidato ao Senado. Para as câmeras o senador é o nome de consenso, mas dentro das tendências ainda há certos focos de resistência. Todas as tendências formalizaram o apoio por ser uma decisão do diretório –que é soberano e deve ser seguido por todos. O desafio de Anibal até 2014 será transitar dentro de todos os grupos petistas, conversar e diminuir qualquer possibilidade de surgir a defesa de outro nome ao Senado.
Descontentes
Os membros das alas mais à esquerda do PT não ficaram satisfeitos em ver Sibá Machado e Júlia Feitosa pousando para fotografia ao lado de Anibal. Para eles, o momento ainda não é o ideal, por ainda o verem muito claramente como candidato do campo majoritário, a Democracia Radical (DR).
Cara e voz
Alas como Democracia Socialista (DS), Esquerda Popular e Socialista (EPS) e Articulação querem que Anibal se desvincule da pecha de candidato da DR, tendo boa interlocução em todos os campos, para ser o candidato respaldado pela base petista orgânica.
Gabarito
À primeira vista Anibal não encontrará muitas resistências. Ele é um dos “petistas orgânicos”, visto como um dos militantes mais influentes. Além disso, em seu gabinete estão abrigados integrantes destas correntes mais “radicais” na defesa do PT com a cara do PT.
Cabo de guerra
O cabo de guerra dentro do PT está mais tenso do que nunca. Quando decidiram na noite de quinta realizar o debate, os petistas sabiam que qualquer fagulha seria motivo para uma explosão. Acertam os candidatos e a Executiva ao suspender os próximos encontros. Agora é esfriar a cabeça.
Veneno
O PT parece estar provando do próprio veneno quando ataca a oposição de “balaio de gato” e um grupo resumido a jogo de interesses particulares. Ou alguém coloca ordem na casa ou o desfecho de 10 de novembro será ruim para o partido entrar na campanha de 2014.
Acomodações
É preciso evitar ataques como os que têm ocorrido. Tal atitude que na maioria das vezes partem dos apoiadores de Ermício Sena pode causar muitas feridas em militantes importantes do partido, com reflexos diretos na acirrada campanha para a reeleição de Tião Viana.
Cabeça de juiz
No Brasil criou-se a cultura de que decisão da Justiça não se questiona, cumpre-se. Uma herança dos tempos do regime militar, onde se evitava discutir futebol, política e religião. Mas como não vivemos no Absolutismo, ficam algumas observações sobre esse caso Telexfree.
Cabeça de Juíz 2
Por que só agora a juíza Thais Khalil pede que o Ministério Público prove a existência de “pirâmide financeira”? Em que ela fundou sua decisão de proibir as atividades da empresa? A magistrada deixou milhares de pessoas no prejuízo sem a convicção de que a Telexfree operava um sistema financeiro ilegal?
Tributáveis
Grandes empresários se reuniram esta semana na Fecomercio para debater a proposta da Fazenda de alterar o sistema de arrecadação do ICMS, de apuração para antecipação. Esta alteração encontra muita resistência por ser vista como desvantajosa para os negócios, já tão sobrecarregados pela pesada carga tributária.
Questionamento
O Ministério Público pode entrar com ação de inconstitucionalidade de lei aprovada pela Câmara Municipal que estende o prazo para a prefeitura enviar a LDO. Pela Constituição, a LDO deve estar com os vereadores até abril, mas uma manobra ampliou para outubro este prazo.
De fora
Conforme vinha comentando com pessoas próximas, a procuradora-geral de Justiça, Patrícia Rêgo, não vai para a reeleição do cargo. Ela afirma já ter dado sua contribuição para o fortalecimento do MP. Agora estará focada na sua área de atuação e sair do fogo-cruzado que é a procuradoria-geral.
Bombardeios
Patrícia Rêgo foi alvo constante durante o tenebroso período da G7. O MP recebeu inúmeras críticas da opinião pública, principalmente por suposta omissão a comprometimento com figuras importantes do governo. A procuradora pagou um preço alto por ser filha de um dos principais auxiliares de Tião Viana (PT), José Fernandes do Rêgo.
Competitivos
Dos nomes postos para a lista tríplice, os mais fortes para a sucessão de Patrícia é o da a atual procuradora-adjunta Kátia Rejane e do o procuador Oswaldo D’Albuquerque, compondo, inclusive, a última lista formada.