Ricos e pobres
Uma reportagem deste fim de semana na “Folha de S Paulo” mostrou que os repasses do Bolsa Família para os beneficiários do Acre já superam as transferências do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). O dado é preocupante, pois mostra o grau de pobreza do Estado e a quantidade de pessoas dependentes do programa assistencial. Os números mostram que muito pouco foi feito nos últimos anos para o Acre ter uma economia mais diversificada e capaz de gerar a distribuição de renda.
Incômodo
O Acre, segundo o jornal, tem como vizinho nesta vergonhosa situação o Maranhão, propriedade do clã Sarney, e que há décadas figura como um dos Estado mais miseráveis do País. Aliás, Acre e Maranhão também dividem posições nada confortáveis em rankings que vão da educação à saúde, passando pelo IDH.
Indutor
Na grande maioria dos municípios, o Bolsa Família é o principal indutor da economia. Sem este benefício o comércio destas cidades ficaria quase sem movimentação. A suspensão dos pagamentos sociais causaria uma situação de falência e crise econômica no Estado.
Gravidade
Estes dados sinalizam que 2014 não poderá ficar restrito a um candidato acusando o oponente de formar “panelinha” e outro relembrando uma tal “vaca mecânica”. O Acre vive hoje um momento difícil em sua economia. Alternativas sérias precisam ser propostas para tirar estas milhares de pessoas da dependência do assistencialismo estatal.
Providência divina
Por isso, o governadorável Henrique Afonso (PV) não pode usar seus espaços na TV para se resumir a questões “espinhosas” para a sua religião. Não adianta ser contra a descriminalização da maconha e o povo continuar na pobreza, sem opção de trabalho e renda. A solução para nossos problemas não vai cair dos céus, deputado.
Correntes
Neste fim de semana, Henrique Afonso (PV) recebeu apoios de seus correligionários. Ele está numa empreitada para desmistificar as mensagens de emissários palacianos de que sua candidatura é a piada da vez. O deputado diz que ela é irreversível, sem retorno, com registro em cartório.
Outro momento
Até agora o PT optou por não divulgar a nota de esclarecimento sobre as farpas trocadas entre os militantes na última quinta. A emissão da nota não tinha o consenso de todos os grupos, que acham inapropriado passar uma imagem do “cachimbo da paz”, quando as flechas ainda estão prontas para o combate.
Fogo amigo
Num encontro recente dos petistas para debaterem as eleições internas, uma liderança da ala jovem disparou contra o deputado Taumaturgo Lima (PT), que passou a ser investigado pela Polícia Federal por supostas irregularidades na emissão de notas frias. Mas ele se esqueceu que pessoas de sua tendência foram presas na G7.
Apropriado
O tema da redação do Enem pegou muita gente de surpresa. No Acre, contudo, nem tanto assim; a lei seca é algo que faz parte da rotina. A cada metro o cidadão se depara com blitz, onde alguns agentes atuam de forma nada educada, e donos de restaurantes aos poucos vão fechando as portas.
Renovado
O governador Tião Viana (PT) voltou com as energias renovadas do Festival Yawa. Em contato com a floresta e os espíritos da natureza, o ser humano tem um momento único de reflexão e renovação espiritual.
Olha pra mim
Nada mais inapropriado do que esta foto de Gladson Cameli (PP) querendo chamar a atenção da presidente Dilma Rousseff (PT). Percebe-se que Dilma está com a cabeça na Lu(l)a , enquanto Gladson tenta mostrar a imagem de ser o seu melhor amigo.