Dada a largada
Após muitas pressões e ameaças de demissões, o PV fechou acordo e vai lançar a pré-candidatura de Henrique Afonso (PV) ao governo do Acre nesta sexta-feira. O lançamento pode ocorrer um dia depois dos cargos comissionados da prefeitura e governo serem demitidos. A perspectiva é que os decretos com as exonerações sejam produzidos hoje. São os verdes se mostrando cansados do papel de “patinho feio” dentro da Frente Popular, e prontos para se tornarem galos de rinha.
As opções
Os verdes com cargos na prefeitura se reuniram na última terça com o chefe da Casa Civil de Marcus Alexandre (PT), André Kamai. O também petista fez propostas e apresentou uma segunda chance deles continuarem em suas funções, mas o grupo optou por continuar ao lado do deputado federal.
Uma decisão
O PV está decidido a uma coisa: não mais vai conversar com os irmãos Viana para tratar de 2014. Eles se dizem resentidos pela forma como passaram a ser tratados, sempre com desdém por não terem nenhum vereador em todo o Acre, e ser uma legenda nanica que deve muito ao PT por sua existência.
Tensões
Apesar do momento de bravura e disposição de encarar a fera, o momento dentro do PV é de tensão. Nem todos dependem de seus empregos na estrutura do Estado, mas aqueles que sim sabem que daqui para frente os desafios são enormes, e toda a ajuda mútua será necessária para garantir a sobrevivência.
Antecipado
O PT decidiu antecipar para ainda em 2013 a posse dos novos presidentes eleitos. Ermício Sena que assumiria o partido em fevereiro do próximo ano, já pode preparar o terno e a gravata. No Acre a Executiva ainda marcará a data oficial.
Preparação
Um dos motivos para esta antecipação são as eleições de 2014. O objetivo é preparar ao máximo a legenda para entrar competitiva no jogo eleitoral. Ermício será responsável por conduzir a reeleição de Tião Viana (PT) e conversar com os demais dirigentes para aparar as arestas, sobretudo com o PCdoB.
Boa sorte
Dentro da Frente Popular e do PT é consenso que a atitude de Henrique Afonso (PV) é irreversível. Eles afirmam ter feito todas as tentativas para mantê-lo no bloco, mas não vão amarrá-lo. Sua saída pode causar impactos para a base governista por ele ser uma das lideranças no Vale do Juruá.
Substituto
Com o vácuo deixado por Henrique Afonso caberá a Cesar Messias, sozinho, garantir a força do governo no Juruá. O desafio não é pequeno, pois há outro problema aí: desta feita a Frente Popular não terá o PP de Gladson Cameli e todo o peso da família Cameli no segundo maior colégio eleitoral.
Outro lado
Enquanto isso, o tucano Márcio Bittar terá a vantagem de contar com os Camelis em seu palanque, mais o apoio do popular prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB). Será um verdadeiro deus-nos-acuda pelas bandas de lá nesta acirrada eleição de 2014.
Mais prazo
Muita tensão para os 11 mil servidores ontem no julgamento da ADI, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que poderia obrigar o Estado do Acre a colocá-los no olho da rua por terem entrado sem concurso público. A ação foi tirada de pauta e é pouco provável que seja apreciada em 2013.
Nos acréscimos
Os deputados estaduais voltavam a reclamar da demora em o governo enviar a peça do orçamento de 2014. Novembro está acabando e nada do texto tramitar pelas comissões. Parte do Orçamento era para estar na Casa desde o fim de setembro, mas até agora nada.
Nos acréscimos 2
Ao que parece, mais uma vez, os parlamentares votarão o Orçamento às 21 horas do dia 15 de dezembro, último dia de sessão. Estas atitudes são resultados de 15 anos de subserviência; como diz o ditado popular, quem abaixa demais os fundos aparecem.
Perplexidade
Causou estranheza ontem aos deputados e jornalistas na Aleac o fato de a sessão ser presidida por Luiz Tchê (PDT), quando Jamyl Asfury (PEN) estava pelo plenário. Ele que não perde uma oportunidade em assumir a presidência na ausência de Élson Santiago (PEN) e Moisés Diniz (PCdoB) preferiu ficar de fora para evitar o boicote.
Recursos
O governador Tião Viana (PT) passou esta terça e quarta em Brasília correndo atrás de recursos, sobretudo para a BR-364. Com as obras centralizadas no Dnit, Tião passou a ter passe-especial dentro do órgão federal. Se ele não estiver no pé de Brasília, quem pagará o custo político do desleixo será ele.