Articulações políticas
Mesmo definido dentro do G8 e apontado como um dos principais responsáveis pela construção deste grupo de partidos oposicionistas, o deputado federal Gladson Cameli (PP) continua suas articulações com Tião Bocalom (DEM) e Sérgio Petecão (PSD). No sábado ele participou de reunião promovida pelo PSD para análises dos impactos da chegada de Henrique Afonso (PV) à oposição. Também continua as conversas com Bocalom, respeitando seu legítimo direito de querer disputar o governo, mas sempre batendo na tecla da necessidade da unidade.
A paz
O objetivo de Cameli é óbvio: evitar bombardeios desnecessários entre os líderes oposicionistas para não dar munição à Frente Popular. Diante da indisposição de Petecão e Bocalom de dividirem o mesmo metro quadrado com Márcio Bittar (PSDB), o deputado atua como pacificador dos ânimos.
Tempestade e calmaria
Após o impacto causado pelo anúncio do G8 reunindo PSDB, PP, PMDB e PR, é perceptível na oposição os ânimos mais calmos. Cada um busca seus espaços, mas sem ataques a ambas as partes. Este é um bom sinal, revelando um certo amadurecimento do grupo. É esta capacidade de entendimento (com uma ou duas candidaturas) que fará a diferença.
Apontamentos
A definição de como a oposição enfrentará a Frente Popular dependerá dos cenários mostrados a partir das pesquisas realizadas até o fim do primeiro trimestre de 2014. Como Tião Viana (PT) se comportará –se com ampla vantagem ou não – definirá a divisão ou união do palanque adversário.
Muito cacique
É difícil compreender como e até quando a aliança Bocalom, Petecão e Henrique Afonso vai se sustentar. Três candidatos a governador num mesmo espaço é inconcebível. Na política a guerra por espaços é a lei da sobrevivência. No meio do caminho, alguém vai ter que ceder. Avalio que o primeiro a sair de cena, mas sem deixar de conduzir o processo, será o senador Petecão.
Sondagens
Gladson Cameli lança no fim do mês mais uma pesquisa de intenções de votos. O pré-candidato ao Senado tem trabalhado constantemente com os números para saber a melhor estratégia para encarar a eleição. Este preparo prévio é importante para qualquer político de olho numa disputa majoritária.
Prognósticos
A reunião do G8 realizada ontem no PSDB chegou à seguinte conclusão: a saída de Henrique Afonso (PV) provocou um buraco na candidatura de reeleição de Tião Viana (PT). Mesmo assim, a FPA tem a vantagem de uma eficiente máquina ao seu dispor.
Prognósticos 2
O governo perde um importante cabo eleitoral em Cruzeiro do Sul. Além disso, avaliam que um deputado federal poderia render até três mil votos para um majoritário, o que pode fazer a diferença numa eleição disputada.
Recuperação
O deputado Márcio Bittar (PSDB) passou as duas últimas semanas voltado exclusivamente para o tratamento de saúde de sua irmã. O estado de saúde dela era delicado, mas após uma cirurgia bem-sucedida ela está em processo de recuperação. Assim também está o tucano, que aos poucos tenta retomar a rotina da política.
Ingenuidade
Esta é a melhor definição para o PEN acreditar que pode indicar o vice de Tião Viana (PT). O partido não tem legitimidade. Legenda de aluguel criada apenas para abrigar descontentes da oposição, o PEN aportou na FPA dias desses. Dentro do bloco há partidos com muito mais respaldo programático para a indicação do vice.
Agenda positiva
O governador retoma nesta terça sua agenda de entregas do Ruas do Povo. Sua principal vitrine de governo, o Ruas do Povo pode trazer tanto resultados positivos como negativos. Milhares de famílias saíram da lama e são gratas a Tião, mas tantas outras foram prejudicadas pela execução de obras pessimamente executadas; há tempo para correções.
Dividendos
Uma área forte que o Palácio Rio Branco vai atacar nos próximos meses é a regularização fundiária de muitos bairros da capital. Hoje comunidades interias estão formadas, mas com os donos das casas sem o documento legítimo de posse. Esta regularização permitirá o fim de um empecilho e o começo de uma nova fase –rendendo até bons votos para Tião Viana.