Ou vai ou larga
Caso a proposta de Luiz Tchê (PDT) para viabilizar uma “chapinha” de olho numa vaga de deputado federal para os nanicos da Frente Popular (e de preferência para ele), não está descartada a possibilidade de novamente o PDT voltar para a oposição em 2014, repetindo o efeito de 2012, quando Tchê levou os trabalhistas para o palanque de Tião Bocalom (então PSDB), mas regressando logo após o fim do primeiro turno. Neste vai e vem o PDT acaba num desgaste desnecessário.
Às turras
Está óbvio para quem quiser ver que as articulações feitas por Tchê estão voltadas única e exclusivamente para benefício próprio. Cansado da Assembleia Legislativa, ele almeja a Câmara, sabendo que as chances de vitória num chapão englobando PT e PCdoB são mínimas.
Escadaria
Luiz Tchê tem dito que não vai servir como trampolim para garantir votos para as eleições dos grandes candidatos, incluindo aí os petistas Mâncio Lima Cordeiro, Sibá Machado e Raimundo Angelim. Se não conseguir votos suficientes, a votação de Tchê pode ajudar no quociente eleitoral do “chapão”.
Livre escolha
“Se a chapinha não vingar vamos tentar viabilizar o PDT onde for melhor, se for no grupo do Petecão estamos dentro, se no do Márcio Bittar também. O que o PDT quer é eleger um deputado federal”, afirma Tchê, numa referência a ele próprio.
Recados
Esta postura e outras ameaças de rompimento os cardeais petistas estão acostumados a lidar. A cada aproximação de eleição é o mesmo chororô. Todos querem mais espaço, e falar em migração para a oposição é a melhor das táticas. Assim foi em 2012 e não será diferente na reeleição de Tião Viana (PT).
Recados 2
Os assessores palacianos vão recorrer com profissionalismo à arte da negociação. Até mesmo o bem acomodado PEN está disposto a ir para o embate. Os “penistas” dizem que vão liderar as discussões sobre o vice até os últimos segundos, querendo a indicação de Jamyl Asfury ou Élson Santiago.
Porta-voz
O próprio líder do governo foi categórico: “O PT vai ter candidato a governador, ao Senado e ainda quer a vice? Assim não dá, política é espaço, e eles [PT] não ganham eleição sozinhos, o conjunto da Frente Popular faz a diferença.”, diz Astério Moreira (PEN).
Prejudicial
Se as legendas não forem agraciadas com seus pedidos de espaços, já se sabe como os regalos serão executados: muitos cargos no governo distribuídos. Resultado? Uma folha de pagamento já inchada pode explodir, colocando em risco o equilíbrio fiscal do Acre.
Normalidade
Uma fonte do PV observa que não há nada do outro mundo numa aliança entre PV e Democratas. Como ele bem lembra, o vice de ACM Neto (DEM) em Salvador (BA) é do Partido Verde. Pela sobrevivência na política vale tudo, até o DEM integrar o palanque do Psol no Amapá.
À frente
Depois de sair da Frente, o objetivo dos verdes acreanos é estarem na frente numa cabeça de chapa na aliança com PSD e DEM. Se este for o convencimento do grupo, Henrique Afonso (PV) disputará o Palácio Rio Branco, com Tião Bocalom indo para o Senado.
Mudanças
Fontes do bloco PSD e DEM asseguram uma saída de Gladson Cameli (PP) do G8 e sua ida para esta aliança. Segundo este interlocutor, Cameli teria dito na reunião de sábado na sede do PSD ver mais chances de vitória ao lado de Bocalom. Se de fato o deputado fizer esta mudança, seu favoritismo ao Senado pode desaguar, beneficiando Perpétua Almeida (PCdoB) e Anibal Diniz (PT).
Assim será
Mesmo com a oposição tendo hoje quatro candidatos ao governo (incluindo já o verde Henrique Afonso) é definido que somente dois vão estar enfrentando Tião Viana; um deles é Márcio Bittar (PSDB), o outro mais cotado é Tião Bocalom (DEM) por seu bom desempenho nas pesquisas.
Renascimento
Os jornalistas acreanos vão aos poucos se reorganizando para tirar das cinzas o sindicato da categoria. O momento é de união e colocando de lado todas as diferenças políticas e lutar em prol do fortalecimento da categoria. Jornalistas fortalecidos é sinônimo de uma democracia consolidada.
Coerência
A sessão do Senado para a votação da PEC do voto aberto foi quente e acirrada. O senador Anibal Diniz (PT) fez um duro discurso em defesa do voto aberto. O auge foi o desentendimento com Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) sobre uma votação ou não do senador Aloizio Nunes Ferreira (PSDB-SP). Após esclarecimentos, petista e tucano se abraçaram.
Apreensão
Os 11 mil servidores sem concurso voltarão a ter uma semana apreensiva com o julgamento, pelo STF, da ADI que pede a demissão dos mesmos por entrarem sem concurso público. É torcer para que o entendimento seja encontrado e milhares de trabalhadores não tenham um fim de ano amargo no olho da rua.