Debate
O primeiro debate da campanha de 2014 entre os candidatos que disputam o governo do Estado, realizado na tarde de sexta-feira, 29, na cidade de Cruzeiro do Sul, foi marcado por ataques e provocações.
Alvo
O governador Tião Viana (PT), candidato à reeleição pela Frente Popular do Acre, foi o alvo prioritário dos outros adversários: Marcio Bittar (PSDB), Tião Bocalom (DEM) e Antônio Rocha (PSOL).
Temas
Investimentos em áreas consideradas prioritárias – como Saúde, Educação, Segurança Pública e infraestrutura – foram os mais citados por todos os candidatos.
Mudança
O candidato da coligação Aliança Por Um Acre Melhor, Marcio Bittar (PSDB), afirmou que o momento é de mudança. “Depois de 16 anos, é a hora da renovação”, disse.
Sustentável
Questionado sobre o Desenvolvimento Sustentável, Bittar disse que é preciso conter os exageros em torno do tema. Para ele, não é preciso achar um meio termo em torno do tema “meio ambiente e geração de renda”.
Sem palavra
O candidato pela coligação Produzir Para Empregar, Tião Bocalom, disse que o atual governo não conseguiu cumprir o que prometeu e cutucou: “A BR-364 é uma grande novela e a Saúde não é de primeiro mundo”.
Segurança
Ao citar a Segurança Pública, Bocalom salientou a importância de aumentar o efetivo de policiais nas ruas. “Falta polícia na rua e as delegacias aos finais de semana e feriados não funcionam”.
Nova política
Antônio Rocha, do Psol, salientou a necessidade de acabar com a política arcaica que vem sendo realizada no Acre. “Precisamos implantar um novo modelo de política para este Estado. De todos esses modelos que estão postos, somos a alternativa diferente”.
“Honra e ética”
O governador e candidato à reeleição, Tião Viana, citou a falta de “honra e ética” de seus adversários, e afirmou que quer continuar governando para dar continuidade ao Desenvolvimento do Estado.
Tema mais abordado
A BR-364 foi o tema mais abordado durante o encontro. Tião Viana destacou que em seu governo a história da rodovia mudou para melhor. Tião criticou os “políticos que só passam em época de política na BR-364 para falar mal dela”.
Sensação
Marina continua sendo a sensação do momento no que diz respeito à disputa presidencial.
Sensação II
Quem diria que o cenário político iria mudar dessa forma?!!! Poucos dias após ter oficializada sua candidatura à Presidência da República, Marina Silva já é o fenômeno desta eleição.
“Ela é o cara”
Ela superou Aécio Neves em dez pontos percentuais; segundo o Datafolha, no primeiro turno, Marina empataria com Dilma e venceria no segundo turno.
Derrota
Uma coisa é certa: o resultado da última pesquisa deve, sem sombra de dúvida, está preocupando os dois comitês, principalmente o do PSDB, pois, se prevalecer o cenário desenhado na pesquisa, esta será a primeira disputa desde 1994 em que o PSDB não estará no segundo turno, quebrando, assim, a polarização que persiste na política brasileira há 20 anos, uma derrota significativa para os tucanos.
Assumindo espaço
Já para o PT, o risco de derrota aparece na disputa no segundo turno. A preocupação aí se dá pelo fato de que Marina Silva pode assumir um espaço no qual até aqui Lula nadava de braçada, representando o líder político com quem mais a população brasileira se identificava.
Aquiry
A Operação Aquiry, que cumpriu mais de 200 mandados de busca e apreensão e prendeu 157 ladrões e criminosos pode ser traduzida em uma única palavra com três sílabas: CAM-PA-NHA!!!!! Nas pesquisas de opinião, o governador Tião Viana tem exatamente o reflexo daquilo que atribula a vida do cidadão hoje.
Aquiry II
Um dos elementos que mais incomoda a opinião pública é a falta de segurança. A “insegurança pública” é um tormento para muitas comunidades. Sintonizado com essa situação, a máquina do Governo entra em ação. Na prática, é o Estado a serviço de um candidato. Para os teóricos, o “Estado Polícia” (tão detestado pelo governador) a serviço do candidato.
Aquiry III
São ladrões de celulares, televisores, briguentos de bar. Há gente perigosa, sim, claro. Há traficantes de menor monta. Para a mãe de família que vende quibe na calçada no fim da tarde, são esses rapazes que lhe tiram a paciência. São eles que rendem as manchetes dos jornais locais.
Aquiry IV
“Então, são eles que devemos tirar de circulação”, disse o chefe maior do Palácio Rio Branco. “É preciso um gesto de impacto”. Aliás, a Aquiry é uma consequência da Operação Impactus, que cuida justamente desse combate miúdo ao crime.
Miudeza
Na prática, a “política de segurança pública” no Acre na gestão de Tião Viana tem se resumido a isso: operar no miúdo. Não há propriamente uma “política de segurança”. O que há são os operadores de polícia e um sistema de inteligência eficaz para os padrões regionais. Mas, política de segurança mesmo, integrada com ações de inclusão… de fato, não há. Nos últimos 4 anos, só se opera na emergência. Dá até saudades do Pronasci!