QUEDA
O secretário de Estado de Produção e Agronegócio, Paulo Wadt, deixa o cargo. Na segunda-feira (13), é anunciado o nome de Fernando Zamora como o novo responsável pela pasta. Tanto Wadt quanto Zamora são resultado de articulações da deputada federal Mara Rocha (PSDB/AC). Com uma diferença: Zamora primeiro vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre.
SÍNTESE
Dizendo de outra forma: a articulação que resultou na indicação de Zamora para o cargo é síntese da vontade de uma classe. É a concretização de um movimento que, informalmente, tem a sombra do presidente da Faeac, Assuero Veronez, a quem a presença de Wadt no cargo nunca empolgou.
ZAMORA
O pecuarista Fernando Zamora não vai ter muita margem para erro. A primeira coisa que vai precisar resolver é tratar de forma urgentíssima a falta de estrutura da assistência técnica e extensão rural; voltar a conversar com os bancos de fomento para agilizar liberação de crédito (sobretudo para o associativismo); cuidar dos R$ 94 milhões dos ramais que estão escapando pela inoperância do Governo e, claro, continuar a política de valorização da agricultura em escala maior, o mote do governo. É uma agenda básica.
ROCHA FULMINANDO
Wherles Rocha leva a rotina política a sério. Agressivo, mas com a seriedade que um homem de caserna encara uma missão. Uma seriedade que deixa para trás (e muito) a condução impulsiva e nada cuidadosa de Gladson Cameli. O constrangedor anúncio que o governador fez no início da semana, batendo nos ombros do vice e lhe referendando candidato à Prefeitura de Rio Branco é exemplo. Rocha deu aquele riso machadiano, de canto de boca, como quem diz: “Então, tá!”. Todos sabem que o cálculo e a cadeira na mira de Rocha não estão na Prefeitura de Rio Branco. E o major, ao seu jeito, está deixando o jovem Gladson tropeçar na própria perna.
PÓ
A agenda de ontem do PSDB de Rio Branco transformou em pó o anúncio do governador no início da semana. Usando legitimamente o rito e respeitando o diretório municipal, Rocha convidou Minoru Kinpara para ser o candidato do PSDB à Prefeitura de Rio Branco. Toda a agenda amassava Gladson, triturava os impulsos do jovem governador que ainda não compreendeu a seriedade necessária de se respeitar a liturgia do cargo.
ÓBVIO
Se a palavra do governador tivesse o peso e o respeito reconhecidos, o PSDB de Rio Branco, pelo anúncio feito no início da semana, não teria mantido o convite feito ao ex-reitor. Ou faltou diplomacia ao ninho tucano, ou sobrou desrespeito.
CLARO
Claro que os tucanos vão negar essa forma de olhar o problema. Claro também que vão dizer que toda a condução do convite a Kinpara foi uma agenda do partido que nada teve a ver com a atual vice-governança. São argumentos que não convencem nem o mais “pollyana” dos cidadãos.
Sugestão, críticas e informações quentinhasdaredacao2@gmail.com