REAÇÃO
A reunião com a base aliada no Palácio Rio Branco na semana passada é resultado de um esforço novo. Há uma nova tropa de articulação política que já opera com o objetivo de aparar arestas entre o Gabinete Civil e a Aleac. É uma reação à desastrosa performance do Executivo com o parlamento nesse um ano e dois meses de gestão de Gladson Cameli. Não é um grupo apenas consultivo. É deliberativo também.
ATÉ NA GESTÃO
Esse grupo terá a missão de intervir não apenas na relação entre o Gabinete Civil e o parlamento. Vai estender deliberações também para a gestão. E é aí que a coluna começa a duvidar da eficácia desse “conselho de notáveis”. A ideia da criação do grupo é boa e, pelo perfil de Gladson, necessária.
CHOQUES
O problema é o choque de interesses entre o que a boa intenção de Gladson aponta com o que pensam alguns integrantes do Governo do Acre. Alguns, aliás, bem próximos ao governador. Quando esse grupo intervir na gestão, o governador terá “pulso” suficiente para sustentar as orientações apontadas para dar eficácia às ações de governo? A conferir.
IMAGEM É (QUASE) TUDO
Senador Petecão de besta não tem nada. Quando foi informado de que o amigo Amado Batista estava sendo entrevistado na TV Gazeta não teve dúvidas: quase invadiu os estúdios do programa Gazeta Entrevista para selfies, sorrisos e as conversas protocolares de dois compadres. O que vale para Petecão, na prática? O mais popular político acriano com o mais popular cantor brasileiro.
E POR FALAR…
E por falar em Petecão… o esforço do deputado estadual José Bestene (PP) em tentar se aproximar do senador é válido por uma questão de rito partidário. Mas as possibilidades de que isso tenha efeitos práticos já no primeiro turno são quase nulas.
POR EXCLUSÃO
O raciocínio do PSD é simples. Vai fazer a escolha sobre aliança por exclusão. E uma escolha já está descartada. O PSD não apoiará Minoru Kinpara. Talvez a única possibilidade é se o PT, em um arroubo de sobrevida, conseguir emplacar um nome que sobreviva ao primeiro turno. Caso isso aconteça, o PDS pode pensar em apoio ao PSDB. Mas isso, claro, se a aliança MDB/PSD não liderar o processo. Tudo ainda está muito incerto.
UMA COISA
Apenas uma certeza até o momento: o projeto “retirar o PT do poder” deixou um vácuo na gestão. Há vazios perigosos que terão impacto direto na agenda das campanhas deste ano e de 2022.