Julgamento aconteceu em sessão ordinária da Câmara Criminal desta quinta
Condenado a 11 anos e seis meses de prisão pelo sequestro e cárcere privado de Clerisnar do Santos Alves, em 1996, Hildebrando Pascoal recorreu da decisão do juiz de primeiro grau e conseguiu a primeira vitória nos tribunais.
A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça baixou a pena para 4 anos e 9 meses, a ser cumprida no regime semi aberto. Mas, como ainda tem mais de 100 anos de condenação, Hildebrando vai apenas reduzir a quantidade de pena, o que, para o Ministério Público, foi um prejuízo para a ação promovida contra o crime organizado no Acre. O procurador Samy Barbosa pedia a manutenção da pena de primeiro grau.
Clerisnar dos Santos Alves e dois filhos, de 7 e 10 anos de idade, foram sequestrados e torturados por membros do esquadrão da morte. A mulher que morreu há 6 anos ,vitima de câncer, era esposa do José Hugo (o “mordido”), o homem que matou Itamar pascoal, irmão de Hildebrando.
Conforme a denúncia, para revelar o paradeiro do marido, ela os filhos ficaram mais de uma semana num cativeiro. E só foi libertada porque o grupo de Hildebrando a enviou para são Paulo, onde acredita que estava José Hugo. O Ministério Público Federal colocou em ação a agentes da policia federal que libertaram Clerisnar e os filhos assim que desembarcaram em São Paulo. Além de Hildebrando, outras quatro pessoas foram condenadas no processo, e também conseguiram redução da pena.
Alex Fernandes Barros e Manoel Maria Lopes, o Coroinha, as penas caíram de 10 anos para 4 anos e dois meses; Marco Antônio da Silva, o Cabeça, e Ney Roque, as penas saíram de 8 anos e seis meses para três anos e sete meses.
A relatora do processo, desembargadora Denise Bonfim, entendeu que o juiz de primeiro grau multiplicou a pena de sequestro para cada vítima, quando deveria ter sido levado em conta apenas um crime. Nessa modalidade, a defesa de Hildebrando ainda pode pedir a prescrição do crime, e seria menos uma na sua extensa lista de condenações.