Agressões e acusações foram as marcas do manifesto
Quem saiu nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira rumo à região do Alto Acre teve muita dor de cabeça. Às 6h, um grupo de ex-servidores da prefeitura de Senador Guiomard, que trabalhava em sistema de contrato provisório, fechou a rodovia AC-40, na entrada do município. Dezenas de motoristas que seguiam para a Brasileia, Epitaciolância, Xapuri, Assis Brasil e Plácido de Castro ou vinham para Rio Branco tiveram que ficar horas na fila. Os trabalhadores cobravam salários atrasados.
Depois de duas horas de estrada fechada, os ânimos ficaram exaltados. Alguns motoristas tentaram arrancar os troncos de madeira e pneus usados para evitar a passagem dos veículos. Os manifestantes reagiram com violência. O funcionário público Patrick de Leon levou socos e chutes e não saiu com machucados graves por a policia militar interveio rapidamente.
Os ex-funcionários da prefeitura ganharam força quando chegaram mais de 20 funcionários de uma empresa da construção civil. A empreiteira fez a obra de recuperação de duas ruas, e, segundo o proprietário falta pagar duas das três parcelas, e para piorar, o prefeito André Maia rescindiu o contrato sem acertar o atrasado.
Outro grupo que apareceu no manifesto foi dos servidores da Educação. No primeiro dia como prefeito, André Maia sancionou o reajuste para a categoria, só que esqueceu de colocar no pagamento deste mês o reajuste salarial aprovado em lei.
O fechamento da estrada durou quatro horas e só terminou quando o prefeito recebeu uma comissão dos manifestantes. Ele explicou que os servidores da Educação não receberam o reajuste por uma questão burocrática, mas até o final da tarde o dinheiro seria depositado. Agora, quanto aos contratos individuais e com empresas cada caso será estudado.
Depois que foram retiradas as barreiras, a Policia Militar gastou mais de uma hora para organizar o trânsito. A fila de carros sentido Rio Branco Senador Guiomard se estendeu por seis quilômetros.