Construção de prédios só aumenta na capital
Uma cidade cada vez mais vertical. Nos últimos anos, a construção de prédios em Rio Branco só aumenta. Somente no bairro Nova Estação, são três edifícios em obras. Os passos do progresso não são os mesmos da segurança.
Kamila Costa mora em residencial há sete anos. O local foi alvo de criminosos que levaram todas as mangueiras e extintores para combater possíveis incêndios. No último sábado, aconteceu o que ela jamais imaginou.
“Ocorreu um princípio de incêndio e a moça saiu correndo atrás de extintores, mas nós estamos sem. Outra opção seria o hidrante, mas também estamos sem. O jeito foi ligar para o corpo de bombeiros”, declarou a produtora cultural.
O caso que ela acabou de citar ocorreu no apartamento da funcionária pública Angélica Oliveira. “Estava fazendo o almoço e abri o forno para acender o fogo. A mangueira de gás estourou e começou o incêndio. Foi desesperador”, lembra.
O ano, 1992. No centro da capital, o maior incêndio já registrado no Acre. A Assembleia Legislativa estava em chamas. Foram cinco horas de apreensão. Três pessoas ameaçavam se jogar de cima do prédio. Elas foram salvas graças à coragem de um militar que utilizou cordas durante o salvamento.
Mesmo após o grande incêndio, o Corpo de Bombeiros não possui equipamentos necessários para este tipo de situação. Como, por exemplo, a escada magirus, que é capaz de fazer o resgate de vítimas a vários metros do chão.
O plano diretor do município estabelece construções de, no máximo, 12 andares. Justamente para auxiliar a utilização do equipamento, que alcança até 60 metros de altura. Segundo o diretor de atividades técnicas do corpo de bombeiros, existem regras para os prédios de grande porte serem construídos.
“O prédio deve ter o projeto aprovado junto ao corpo de bombeiros. Verificamos todas as condições de segurança da edificação e entre os sistemas previstos estão a instalação de hidrantes, extintores manuais, sinalização e outros equipamentos”, argumentou o major Santos.
Apesar das exigências, ele reconhece a necessidade da escada magirus em um possível incêndio. “Por enquanto, não temos previsão, mas o comando já acenou com a possibilidade de fazer essa aquisição. Esperamos que possa sair o mais breve possível”, finalizou.
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