Presença de deputados é pequena durante as sessões
Presidente da Assembleia Legislativa, deputado Élson Santiago, garante que este ano não haverá “recesso branco” no período eleitoral. Mesmo assim, as sessões contam, nos últimos dias, com poucos deputados. O esvaziamento do plenário pode se explicar pelo número de pré-candidatos na disputa eleitoral de 2014. Dos 24 deputados, apenas 2 confirmam que estão fora do pleito.
De acordo com o calendário eleitoral, no próximo dia 30 termina o prazo para realização de convenções destinadas à deliberação sobre coligações e à escolha de candidatos. Na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), os pré-candidatos já são conhecidos. Dos 24 deputados, apenas Lira Moraes (PEN) e Helder Paiva (PEN) confirmam que estão fora da disputa.
Vereador por 3 mandatos em Rio Branco e deputado por quatro legislaturas, Helder Paiva afirma que está convicto da decisão. “Nós entendemos que está na hora de cedermos nossa cadeira para outros. Há bons candidatos e espero que no nosso lugar fique outros que tenham compromisso com o Acre”, comentou Paiva.
Quatro deputados estaduais estão na disputa para a Câmara Federal: Luiz Tchê (PDT) Moisés Diniz (PC do B) Marileide Serafim (PSL) e Major Rocha (PSDB). A deputada Antônia Sales (PSDB) é pré-candidata a vice na chapa a governo de Márcio Bitar e os outros 17 deputados disputam a reeleição.
Sempre que as eleições se aproximam, as sessões do parlamento ficam prejudicadas. De olho na campanha, os deputados pré-candidatos começam a esvaziar o plenário. Mas, segundo o presidente Elson Santiago, este ano não haverá “recesso branco”, mesmo que sutilmente isso já esteja acontecendo. “Fica difícil fazer a campanha e participar da sessão, mas nós vamos fazer um grande esforço de fazer as sessões toda terça, quarta e quinta”, garantiu.
Na última eleição municipal, os deputados decidiram trabalhar dois dias por semana, sendo terças-feiras para debates e quartas-feiras para votações. A quinta-feira é o dia preferido dos parlamentares para visitar suas bases. Se em 2010, quando o interesse eleitoral para os deputados era menor, houve “recesso branco”, fica difícil acreditar que este ano a prática não se repita.