Ataques homofóbicos têm crescido no Acre no 1º semestre
O muro da residência do presidente da associação dos homossexuais do Acre, Germano Marino, amanheceu com mensagens de ameaças. A pichação aconteceu na madrugada de quinta-feira, 26. As frases indicam um alto grau de violência e homofobia. A primeira diz: “vamos matar os gays”, do outro lado, “Deus Abomina os Gays’. Germano que é ativista do movimento GLBT desde 1999, nunca imaginou que fosse sofrer um ataque como esse. Ele conta que sempre se deparou com atos de discriminação e violência, mas ameaças como essa, tão aberta parece que passou do limite. O ativista culpa o Estado, que geralmente demora para investigar os casos de violências contra homossexuais.
Desde março deste ano, notou-se um crescimento na violência contra homossexuais no Acre. Foram mortas quatro pessoas, possivelmente por parceiros. E em apenas dois casos os assassinos foram presos.
Nas mortes de Adriano Araújo Lima e o professor Raimundo Theodoro, o Théo, não tiveram resposta da polícia. “O muro pinchado é apenas uma continuação do crescimento da discriminação que tomou conta do estado”, declarou Marino.
Como a policia ainda não está investigando o caso, Germano informou que os amigos e vizinhos já começaram a levantar informações. Uma pessoa viu dois homens em um carro preto parado em frente da casa na madrugada em que as frases foram escritas.


