Além do abono, foi reivindicado o PCCR e a inclusão de quem não tem curso técnico ou extensão
Na manhã desta quinta-feira, 02, os profissionais da educação protestaram em frente à Prefeitura de Rio Branco, reivindicando além do abono salarial, o Plano de Cargo, Carreira e Remuneração (PCCR) e a inclusão daqueles que não tem curso técnico ou extensão e que ficaram de fora dos 70% do Fundo. As representantes desse protesto, Alcilene Gurgel, presidente do Sindicato dos Professores da Rede Pública de Ensino do Estado do Acre (SinproAcre) e a Rosana Nascimento, presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Educação do Acre (SINTEAC), se reuniram com representas da Prefeitura para conversar sobre as reivindicações.
Ontem, quarta-feira, 01, o prefeito Tião Bocalom definiu o abono para os professores da rede municipal com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Os 1.543 professores, coordenadores pedagógicos e gestores, receberão R$ 9.500 divididos em duas vezes:
A primeira parcela de R$ 4.750 será paga dia 20 de dezembro
A segunda parcela de R$ 4.750 no dia 30 de dezembro
Os 1.193 servidores classificados como pessoal de apoio vão receber R$ 7.000. A primeira parcela de R$ 3.500, dia 25 de janeiro e a segunda, de R$ 3.500, dia 10 de fevereiro. Totalizando assim 2736 servidores que receberam o abono.
Em entrevista, o prefeito Tião Bocalom e a secretária municipal de educação Nabiha Bestene afirmaram: “É uma questão de legislação, a gente precisa fazer esse pagamento em duas parcelas. Isso foi uma orientação que nós tivemos da nossa equipe. Então nós estamos fazendo isso e quero dizer que estou fazendo isso com a maior tranquilidade. Nós até demoramos um pouquinho, houve um reclame por parte do sindicato que estava demorando demais, mas é que a gente gosta de fazer as coisas dentro da realidade, dentro da legalidade. Foi isso que aconteceu, a professora Nabiha esteve junto com ao Tribunal de Contas do Estado, nós consultamos a nossa Procuradoria Geral do Município, levantamos qual era o valor que ia fechar no mês de novembro pra que a gente possa prever apenas o mês de dezembro e chegamos a essa conclusão. Que nós teríamos alguma coisa em torno de 14 milhões e meio pra distribuir dentro daquela porcentagem de 70% do Fundo, daqueles professores, diretores, enfim, o pessoal que está dentro e que recebe dentro da faixa dos setenta por cento do FUNDEB”.
Além disso, o Sindicato dos Servidores Municipais de Rio Branco (Assermurb), também estava em meio ao protesto, pois os outros 7 mil servidores, segundo a Assermurb, também querem um abono e o representante desse sindicato em entrevista disse que além do pessoal da educação, os outros servidores também tem como receber um abono de pelo menos um salário mínimo.
“Nós temos sete mil trabalhadores no município. 2750 são da educação. E os outros 4350 são das outras secretarias que estão dentro da prefeitura, das empresas das autarquias. Nós também estamos buscando abono salarial no valor de um salário mínimo que também está na pauta de negociação. Estão dizendo que não podem pagar pela questão da 173, mas nós estamos dizendo que aceitamos receber esse abono em janeiro. Nós estamos em reajuste desde 2017. Os trabalhadores já estão aí sufocados. A inflação está galopante com menos salários. Os preços são muito altos, tanto da do combustível, da carne, do feijão, do óleo, ou seja, cesta básica subiu muito, tirou o poder de compra dos trabalhadores, nós estamos, todo mundo no vermelho, a energia elétrica subiu muito também e aí nós estamos buscando esse abono pra tirar esses trabalhadores pelo menos agora no final do ano do vermelho”, afirmou presidente da Assermurb, José Augusto Pinheiro da Silveira.