O desafio do estudo é conseguir identificar o nível ideal da pressão arterial, para assim evitar um novo derrame
Segundo a Organização Mundial do Acidente Vascular Cerebral, uma pessoa morre a cada seis segundos de Acidente Vascular Cerebral (AVC), independente da idade ou sexo. No Brasil, esse quadro não tem grandes alterações, pois o Ministério da Saúde aponta que o AVC é a segunda causa de morte no país. No Acre cada 5 minutos, um óbito é registrado.
No atual momento em todo Brasil está sendo realizado um estudo para evitar que pessoas que já tiveram AVC volte a ter o derrame. E dos 30 centros que realizam a pesquisa, um fica em Rio Branco, que é o único da região Amazônica.
O cardiologista Odilson Silvestre está à frente do estudo e acredita que produzir informação de como evitar novos derrames pode fazer toda a diferença na qualidade de vida das pessoas com histórico de AVC.
“Essa pesquisa vem justamente pra melhorar o tratamento do fator que mais causa o AVC que é a pressão, a hipertensão arterial ou a pressão alta”, explica o cardiologista, Odilson Silvestre
Somente em Rio Branco, estima-se que cerca de 20 mil pessoas já tiveram acidente vascular cerebral, ou seja, em cada dez, pelo menos quatro sofreram um derrame. Há cerca de três meses, o Centro de Pesquisa Clínica trabalha com pacientes que sofreram algum tipo de AVC. O desafio da pesquisa é conseguir identificar o nível ideal da pressão arterial, para assim evitar um novo derrame.
“O que nós não sabemos é se nós temos que deixar essa pressão em 14 por 9 ou em 12 por 8. Então pra isso, a gente tem que dar medicação e fazendo o acompanhamento dessas pessoas pra chegar nesse alvo de 14 por 9 ou 12 por 8”, disse o cardiologista.
No atual momento, 140 cidadãos participam do estudo, que tem capacidade para atender até 1.000 pessoas. Esses pacientes realizam consultas periódicas, além disso, a pesquisa clínica oferece, além de medicação gratuita, exames laboratoriais e complementares, e um acompanhamento médico, que por quatro anos, irá auxiliar no controle da pressão alta.
“Quem já teve AVC e tem pressão alta que a maioria das pessoas , eve sim nos procurar. Nós estamos incluindo voluntários para tratar a pressão dessas pessoas e controlar”, concluiu o especialista.
Com informações de Débora Ribeiro para TV GAZETA