E também afirma que ela não concluirá mandato, pois segundo ele, Fernanda Hassem, será presa a qualquer instante
O ex-procurador jurídico do município de Brasiléia, Pedro Diego Costa de Amorim, afirmou no programa Gazeta Entrevista, na edição desta segunda-feira (30), que a prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem (PT), cometeu diversos atos de corrupção, e devido a isso, ela não irá terminar o mandato, pois segundo ele, Fernanda Hassem, será presa a qualquer instante.
“Ela não irá concluir o mandato dela, esse ano de 2022 saíra o mandado de prisão, primeiramente saíra um mandado de prisão para o Tadeu Hassem, para o ex-chefe do setor de cadastro, e para o dono da casa lotérica. Então, a qualquer momento saíra o mandado de prisão para essa quadrilha”.
O advogado afirma que essas pessoas citadas anteriormente participam de um organização criminosa, junta com a prefeita de Brasiléia.
“É uma quadrilha formada pelo irmão da prefeita, Tadeu Hassem, o ex-secretário de finanças, o ex-gerente do setor de cadastro e o dono da casa lotérica. Eles recebem o dinheiro da população que paga o Imposto sobre a transmissão de bens imóveis. Só que, eles dão um documento falso, uma certidão de nada consta, após o pagamento em mãos, eles não dão o comprovante, alegando que a máquina está quebrada. As pessoas começaram a verificar se esse dinheiro estava sendo arrecadado dos cofres públicos, e perceberam que não estavam sendo arrecadados”, afirma o ex-procurador jurídico do município de Brasiléia
Além disso, ele também explica quais são os outros atos de corrupção em que a prefeita, segundo ele, comete. “Junto com o ex-secretário de finanças, que é irmão dela, Tadeu Hassem, realizam esquemas de corrupções. Como peculato no setor de cadastro, apropriação do dinheiro público de forma indevida ou bens móveis, que pode levar a pena de reclusão de 2 há 12 anos de cadeia, além das várias ações de improbidade administrativa e fraude em licitação”, explica Costa.
Quando perguntado se existem provas que confirmem o que ele está afirmando, o advogado explica que tem toda a documentação necessária para isso. “Tem inquérito policial, o caso já está na Polícia Federal, e já está na Vara Criminal de Brasiléia. Tudo o que eu falo aqui, tem como comprovar”, diz Pedro Diego.
Na entrevista, o advogado também cita que existem pessoas na prefeitura de Brasiléia, servidores de carreira do município, que recebem salário para estudar medicina na Bolivia e também a gratificação indevida ao cargo de procurador do município.
Motivo da denúncia
O ex-procurador jurídico do município de Brasileia, Pedro Diego Costa de Amorim, explica que conseguiu esse cargo em um processo seletivo em 2015, e tomou posso no dia 28 de abril de 2016, e durante 2 anos e 10 meses, ele junto com a Procuradoria Jurídica do Município, buscavam formas de combater o crime de corrupção, com isso, ele entrou com ações de improbidade administrativa.
“Estavam ocorrendo diversas ilegalidades, várias corrupções, e eu não aguentei, e comecei a entrar com essas ações contra a atual prefeita de Brasiléia. Nós como procuradores de justiça, devemos seguir o que está descrito na lei, esses princípios: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”, afirma.
Segundo ele, foram mais de 30 ações de improbidade administrativa. “Inclusive a Procuradoria Jurídica de Brasiléia foi a primeira a protocolar ações de improbidade administrativa contra a gestora”, relembra.
Assédio moral
O cenário do trabalho mudou por completo, após o ex-procurador jurídico denunciar, todos os atos que segundo ele, são errados.
“Eu sofri muito assédio moral, eu era excluído do trabalho, eu cheguei a pular o muro da prefeitura para trabalhar, fecharam o portão, fizeram de tudo para eu perder a cabeça e surtar, para pedir demissão. Até cheguei a conversar com ela, e dizia que eu atrapalhava sua gestão”, explica.
Demissão
No atual momento, ele não tem mais nenhum vínculo empregatício com a Prefeitura de Brasíleia, pois afirma, que Fernanda Hassem, achou uma “brecha” para poder demiti-lo.
“Primeiramente foi vingança. Ela pegou simplesmente a Constituição Federal e rasgou, pois ela quer está acima da lei. Fui demitido por um pré-requisito de habilitação para ser procurador do município de Brasiléia e não tendo edital 0012015, não tem na Constituição Federal. Simplesmente, na lei municipal da Procuradoria Jurídica do Município de Brasiléia, fala que é necessário cinco anos de advocacia para ser procurador do município de Brasileia, por esse artigo, ela me demitiu”, explica.
Prefeita Fernanda Hassem
O site agazeta.net entrou em contato com a secretária de comunicação do município de Brasiléia, Christiane Araújo, para saber mais informações sobre as declarações apresentadas pelo ex-procurador.
“Foi informado que a prefeita tomará as medidas judiciais cabíveis. São acusações graves e não condizentes com a verdade. A prefeita estará no programa Gazeta entrevista desta quarta-feira, 01, a partir das 13 horas para repor a verdade a respeito dos fatos”, conclui.