Eu até tento ser uma pessoa normal, dessas que tem muitos amigos, sorriem todos os dias e são, em tese, mais felizes.
Eu tento..
Mas não é fácil…
Viver é falar de corda em casa de enforcado, já disse o poeta uma vez em sua belíssima carta à filha Alice (e eu, vocês sabem, adoro Alice).
As pessoas machucam e a gente sangra (eu também machuco, é claro)…
Por isso não gosto da superfície…
Gosto de música simples, comida barata, baladinha com os amigos. Rock e pop dos anos 80 e das coisas simples da vida.
Só que pra mim as coisas simples nem sempre são tão simples para os outros.
E isso gera uma confusão….
Como explicar que você gosta de Homem de Aço na mesma proporção que ama os filmes do Woody Allen?
Como explicar seu amor pelos filmes iranianos, franceses e agora as séries coreanas e turcos, quase todos os filmes indianos, livros do profeta Khalil Gibran, pela sagacidade da Hannah Arendt (ah, como eu queria assistir ao filme da alemã sobre ela!) e os textos de Heidegger?
Como dialogar sobre a simplicidade dos textos de Ed Rene Kivitz , a suavidade de Harold Kushner, a beleza das séries inglesas mais antigas, os livros de Jane Austen? Como não amar Ben Hur, Sabrina, Orgulho e Preconceito (assisto mil vezes os dois em todas as versões)?
E, gente, qual o problema de gostar de uma boa comida francesa, alemã, de mandi com farinha (como mais de 10 e daí?) e da melhor farofa do mundo, farofa de charque com banana (principalmente se for feita pela Neide Santos)?
E, pra terminar, desculpa aí se eu não sei andar no salto alto com a leveza das blogueiras, nem sou fina e elegante como a Francesca Abugoche (meu sonho de consumo ser bonita, magra e chique que nem tu, maninha), mas saibam de uma coisa: gosto da praticidade e beleza das coisas boas da vida, mas também sei subir e descer barranco de rio com a mesma rapidez que um morador do Purus, tá?
Fresca eu??
Imagina!!!
Love u Cruzeiro do Sul forever, mas continuo morando em Nárnia e estou sempre por perto.
Beijos pra vcs tudim!!!!