O jornalismo esportivo brasileiro perdeu, nesta segunda-feira (29), uma de suas vozes mais emblemáticas: Paulo Soares, carinhosamente conhecido como Amigão, morreu aos 63 anos, em São Paulo. Ele estava internado há cerca de cinco meses no Hospital Sírio-Libanês, tratando complicações decorrentes de problemas na coluna. A causa da morte foi falência múltipla de órgãos.
Referência de carisma, credibilidade e paixão pelo esporte, Soares deixa um legado marcante, sobretudo pela parceria ao lado de Antero Greco, com quem dividiu por mais de duas décadas a bancada do SportsCenter, na ESPN Brasil. A dupla, que entrou para a história da televisão esportiva, conquistou o público com bom humor, sintonia e uma forma única de comunicar.
A dor desta segunda-feira também reacende a saudade de Antero, que faleceu em maio de 2024, aos 69 anos, vítima de um tumor no cérebro. Juntos, eles formaram uma das duplas mais queridas do jornalismo esportivo, unindo irreverência e informação de forma inconfundível.
O apelido “Amigão” surgiu muito antes da fama nacional. Nos anos 1990, quando ainda atuava na rádio, o repórter Osvaldo Pascoal passou a chamá-lo assim na Rádio Record, nome que o acompanharia para sempre.
A trajetória de Paulo Soares começou cedo: aos 15 anos, estreou como narrador na Rádio Clube Ararense, em 1978. Ao longo das décadas, passou por veículos como Globo, Bandeirantes, Record, Gazeta e, claro, ESPN, onde consolidou sua imagem como um dos grandes nomes da televisão esportiva brasileira.
Soares estava afastado da televisão desde 2023, quando foi internado pela primeira vez. Em 2024, fez uma rápida aparição para prestar homenagem ao amigo Antero, em uma das edições mais emocionantes do SportsCenter. Paulo Soares não tinha filhos e deixa sua companheira, Marlene. O velório acontece nesta segunda-feira, no Funeral Home, na Bela Vista, região central de São Paulo.


