A advogada Mariana de Oliveira, presa na segunda-feira (10) após ser flagrada com drogas dentro da bolsa e do sutiã ao tentar entrar no Complexo Penitenciário de Rio Branco de Rio Branco, foi liberada menos de 24 horas depois, durante audiência de custódia realizada nesta terça-feira (11).
Segundo o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), Mariana alegou sofrer de Transtorno de Personalidade Borderline e depressão, motivo pelo qual o Ministério Público do Acre se manifestou favoravelmente à concessão da liberdade provisória. O juiz responsável acatou o pedido, determinando que a advogada cumpra medidas cautelares, incluindo tratamento no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps), proibição de entrada em unidades prisionais e comparecimento a palestras educativas.
O flagrante
De acordo com o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), os policiais penais perceberam uma atitude suspeita no momento em que Mariana se preparava para entrar no presídio. Ela chegou a ser orientada a passar pelo body scanner, equipamento usado para detectar objetos e substâncias ilícitas, mas retornou antes da verificação e deixou a bolsa em um guarda-volumes reservado a advogados.
Após atender o cliente, a profissional voltou para pegar a bolsa, quando o chefe de equipe notou um invólucro parcialmente visível no interior do acessório. Questionada, Mariana admitiu estar com drogas e foi conduzida a uma sala reservada, onde retirou dez pacotes da substância, aparentando ser maconha, escondidos na bolsa e no sutiã.
Em nota pública, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Acre (OAB/AC) informou que está acompanhando o caso por meio da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas. A entidade destacou que prestou assistência imediata à advogada, garantindo o acesso reservado e o respeito às prerrogativas profissionais.



