Por enquanto, sete famílias retiradas
Justiça ordena desocupação de área urbana localizada na Avenida Amadeo Barbosa. No total, sete famílias tiveram que ser retiradas através da medida, em favor da família de Jimmy Barbosa
O mandado judicial foi cumprido na manhã desta segunda-feira, autorizando a desocupação da área de aproximadamente 18 mil metros quadrados. Sete imóveis, entre moradia e comércios que foram edificados em uma quadra às margens da Avenida Amadeo Barbosa, foram atingidos pela ação de reintegração de posse.
Um deles foi comprado há dois anos pelo mecânico e serralheiro José Oliveira. Ele pagou R$ 55 mil em um lote com dimensões de 35 metros por 20 metros. No local, construiu uma pequena casa e uma oficina.
Segundo José, o bem foi adquirido com contrato de compra e venda. “Ele falou que essa terra já tinha tramitado na Justiça e não tinha mais recurso. A gente acreditou”, afirma.
Desolado, José obedeceu à ordem judicial, mas não escondeu a preocupação com o futuro dele e da família.
Outro prejudicado foi Quênio Rodrigues. Ele montou um ferro velho no mesmo lote onde mora com a família. O imóvel foi comprado no ano de 2001 e, segundo o comerciante, também foi iludido com informações de que o problema já havia sido resolvido na Justiça.
“Aqui não tinha nada antes. Era um sofrimento. Agora tem escola, posto de saúde, tem tudo. Agora é esperar em Deus”, disse.
Quem entrou com pedido de reintegração de posse foi a família de Jimmy Barbosa, conhecidos proprietários de uma extensa área no entorno da Avenida Amadeo Barbosa. Segundo os oficiais de Justiça, os ocupantes atingidos pelo mandado tiveram 15 dias pra apresentar defesa e perderam o prazo.