Ele foi condenado a 17 anos de prisão pela morte da missionária norte-americana Dorothy Stang
Amair Feijoli da Cunha, o Tato, que foi condenado a 17 anos de prisão pela morte da missionária norte-americana Dorothy Stang, recorre à Justiça para permanecer na floresta pública do Antimary, no município de Sena Madureira.
A decisão da primeira Vara da Justiça Federal determinou que Amair Feijoli e a filha dele Patrícia Coutinho da Cunha desocupassem voluntariamente em 60 dias a fazenda Canãa, localizada no interior do Acre.
A tutela provisória de emergência foi publica em novembro do ano passado, houve demora na notificação por causa e dificuldades de encontrar pai e filha, por isso o prazo de 60 dias ainda não venceu.
Mas, a Polícia Federal e o pelotão ambiental foram autorizados em caso de desobediência decisão retirar a força a família.
Amair Feijoli, chegou a região de Sena Madureira em 2018, e com isso, foi comprando algumas terras e depois passou a expulsar famílias tradicionais que viviam no floresta.
Atualmente Amair tem 5.600 hectares de terras, o que representa 10% de toda área da floresta do Antimary. Mas uma ação civil pública tenta recuperar essas áreas de volta para o estado, que é uma área de conservação.
Os documentos apresentados por Amair também estão sendo questionados, as duas pessoas que venderam as terras podem ter adulterado documentos, até porque os dois não tinham perfil de população tradicional.
A partir da comprar de duas fazenda, Amair e os filhos foram desmatando e ocupando novas áreas, inclusive onde existiam posseiros muitas dessas famílias foram expulsas da terra. Além disso, a Polícia Civil também está no caso apurando um tentativa de homicídio contra um colono, o autor seria Patrick Coutinho, filho de Amair onde existe ordem de prisão contra ele.
Neste mesmo inquérito estão sendo apuradas ameaças feitas a mais de 20 posseiros da região que chegaram a relatar todos os ataques sofridos ao Ministério Público em Sena Madureira. Se não conseguir vitória na Justiça Federal em Brasília as policiais devem retirar a famílias e seus bens no início do mês de fevereiro.
Com informações de Adailson Oliveira para TV Gazeta