Tema foi pauta de um seminário, realizado nesta segunda, na Ufac
Pesquisadores da Universidade Federal do Acre, ativistas ambientais e alunos do curso de engenharia florestal participaram de um seminário nesta segunda-feira, 23, no auditório da UFAC, que discutiu a economia verde e a viabilidade dos produtos florestais não madeireiros.
“Queremos discutir a situação dos produtos não florestais, no caso dos não madeireiros e vermos quais são as dificuldades que esses produtos encontram em suas cadeias de negócios”, afirma Miguel Scarcello, secretário executivo da ONG S.O.S. Amazônia.
Apontado como alternativa para o crescimento econômico no Acre, o extrativismo de produtos não madeireiros ainda não é explorado em escala industrial. O objetivo da discussão é descobrir o porquê.
“O preço que se paga é muito baixo para esses produtos, acreditamos que é possível pagar um valor maior tanto aqui como no exterior”, argumenta Miguel Scarcello
O evento realizado nesta segunda-feira foi organizado pela ONG S.O.S Amazônia, que está completando 25 anos de atividades. Para o pesquisador Tiago da Cunha, é necessário mais conhecimento sobre a cadeia produtiva do extrativismo para desenvolver a economia florestal.
“Só vamos avançar com mais pesquisas científicas direcionadas diretamente para favorecer o produtor extrativista que está lá na reserva”, declara Thiago da Cunha, que é professor da UFAC.
Recentemente, a ONG S.O.S. Amazônia conseguiu aprovar, junto ao governo federal, um projeto no valor de R$ 12 milhões para incentivo ao desenvolvimento sustentável. Os recursos serão aplicados em educação ambiental, preservação da biodiversidade e fomento a políticas públicas para o setor.
“Nesse seminário, a intenção é fazer uma publicação e levar isso para a S.O.S. Amazônia e no início desse novo projeto não cometer os mesmos erros para que quando esse apoio saia das comunidades elas não precisem mais das ONGs, do governo, ou da academia” declara Robson Amaro, consultor em economia florestal.