Insegurança fecha empreendimentos
No dia 10 de outubro de 2013, a tentativa frustrada de assalto a uma lotérica no Centro de Rio Branco se transformou em uma dramática ação com reféns. Clientes e funcionários ficaram na mira de um revólver por, aproximadamente, sete horas.
Moisés do Nascimento Santos e Antônio da Silva Feitosa foram os responsáveis pelo crime. Por sorte, ninguém se feriu. Atualmente, a dupla cumpre a pena no presídio de Rio Branco. Os reflexos daquele episódio marcaram a história do estabelecimento.
Após o assalto, o movimento no local tinha caído 50 por cento. As pessoas ficaram com medo de que a cena voltasse a repetir. Nem mesmo a localização estratégica ajudou. A lotérica, uma das mais antigas da cidade, já tinha sido alvo de criminosos, porém, em proporções menores.
Como alternativa para recuperar os clientes, a casa lotérica mudou para a galeria do estádio José de Melo, a poucos metros do antigo endereço. Por questões burocráticas, estabelecidas pela Caixa Econômica Federal, o espaço ficou fechado e reabriu este ano.
A troca de endereço não surtiu efeito. A lotérica continuou com o nome antigo e trouxe consigo a lembrança do assalto com reféns. Em junho, o empreendimento fechou as portas de uma vez.
Um aviso de ‘fechado para balanço’ é a explicação dada aos clientes. Já são quase cinco meses sem atendimento ao público. Os equipamentos ainda continuam no local. Agazeta.Net procurou a administração da galeria José de Melo.
“Logo quando eles fecharam, procuramos saber o que tinha acontecido. A gerente informou que eles tinham fechado para balanço e que logo voltariam. Passou o tempo e nada. A última vez que consegui falar com ela foi há três meses”, informou Getúlio Júnior.
Como o aluguel das lojas é uma das principais fontes de renda do Rio Branco Football Club, a lotérica corre o risco de ser despejada a qualquer momento. “Têm outras pessoas interessadas e estamos perdendo dinheiro”, revelou.
A reportagem procurou os responsáveis pela casa lotérica, mas ninguém foi localizado.