Objetivo é acalmar os ânimos para a militância voltar às discussões
A manhã desta sexta foi de intensas reuniões na sede do Partido dos Trabalhadores (PT) para analisar os danos políticos causados pelas farpas trocadas na noite de ontem em debate que deveria acontecer entre os candidatos a presidente da legenda. A primeira providência foi suspender os debates que ocorreriam ao longo das próximas semanas em cidades do interior. O objetivo é deixar acalmar os ânimos para a militância voltar às discussões.
Para tentar amenizar os impactos da repercussão negativa das agressões ocorridas ontem, o PT emitirá nota de esclarecimento sobre o episódio, passando a mensagem de que, mesmo com todo o clima de acirramento, a unidade prevalece dentro do partido. Entre os participantes do evento estavam os candidatos ao diretório estadual, Ermíio Sena e Sibá Machado, e do diretório Rio Branco, Gabirel Forneck e Júlia Feitosa.
A emissão da nota, contudo, encontra resistência entre as tendências que apoiam Sibá e Júlia. Para uma parte do PT, seria contraditório publicar uma nota mostrando um clima de harmonia, quando é notório que a legenda está num acirrado processo eleitoral.
Outro ponto discutido na reunião foi a expulsão do presidente da tendência Democracia Socialista (DS), Valdemiro Rocha, da comissão eleitoral do Processo de Eleição Direta (PED). Valdemiro foi apontado como um dos responsáveis pelo duro embate da noite de quinta.
O grupo de Valdemiro só aceitará a sua saída da comissão caso o presidente da JPT, Cezário Braga, também seja excluído. Cezário, segundo a DS, teria protagonizado momentos mais tensos durante o debate, com declarações que irritaram os “sibanistas”.
O ponto mais decisivo foi um pacto de não agressão firmado entre os candidatos. O partido quer evitar episódios como os ocorrido na Separof e deixar que os debates fiquem somente no campo das propostas, não trilhando para agressões a qualquer um dos lados.