Unidade, toda estruturada, será inaugurada em julho, diz Sesacre
Depois de denúncias de irregularidades, Ministério Público do Estado fiscaliza instalações provisórias da UPA da Cidade do Povo. Foi constatado por exemplo, ausência de materiais para esterilização.
Segundo o promotor de Defesa da Saúde Gláucio Oshiro, a vistoria foi provocada pelo Conselho Regional de Medicina. O local, informado ao MP, como Unidade provisória de Pronto Atendimento, fica localizada na entrada da Cidade do Povo, em um prédio onde funcionam vários órgãos, inclusive a polícia militar. No dia da fiscalização, atendia um enfermeiro, um médico e outros três servidores que faziam o acolhimento. O responsável pela equipe não soube informar a escala de plantão médico.
O promotor de defesa da saúde afirmou a nossa reportagem que não sabe como classificar o local onde são oferecidos os serviços de saúde da Cidade do Povo, devido as condições provisórias da estrutura. Ele cita como exemplo, a informação de que são ofertados atendimentos de urgência e emergência, mas não há se quer, materiais para esterilização. “Há uma pia no consultório médico com a bancada removível, as ligações hidráulicas são de caráter precário. Locais com algum grau de inadequação para funcionamento de estabelecimento de saúde podem complicar inclusive a saúde das pessoas que procuram auxílio em seus agravos”, comentou Oshiro.
A demanda de atendimento do local, por enquanto é na maioria de trabalhadores da construção civil que edificam as casas do empreendimento. Segundo informaram os servidores da unidade ao MP, os agravos recebidos são equivalentes aos atendidos em postos de saúde. Nossa equipe tentou falar com o enfermeiro responsável pela UPA provisória, mas ele não foi autorizado a falar.
Segundo o promotor Oshiro, a Secretaria de saúde do Estado, responsável pela unidade, recebeu um documento, onde deve responder a vários questionamentos do MP. A Sesacre vai ter que informar se o ambiente está inserido no Cadastro nacional de estabelecimentos de saúde (CNES), os responsáveis e a equipe de profissionais de saúde do local e também se dispõe de outros documentos como Habite-se e alvará sanitário.O prazo é de 10 dias para a resposta.
O CRM também está concluindo um relatório sobre a vistoria. “Vamos analisar ambos os documentos, fazer os recortes necessários e depois recomendar adequações ao local ou outros desdobramentos necessários”, informou.
O outro lado
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de saúde do Acre, Sesacre, esclarece que a unidade na Cidade do Povo tem o objetivo de possibilitar o melhor acesso da população aos serviços básicos de saúde, para atender às necessidade básicas como: primeiro socorros, consultas médicas, retirada de pontos, dentre outros.
De acordo com a secretaria, a unidade, com toda estrutura de uma UPA 24 horas, na Cidade do Povo, será inaugurada em julho deste ano.