Um recém-nascido, dado como morto na Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco, voltou a apresentar sinais de vida durante o próprio velório neste sábado (25). O bebê havia nascido prematuro, com 23 semanas de gestação, por volta das 21h de sexta-feira (24). Após a constatação do óbito, ele permaneceu cerca de 13 horas dentro de um saco utilizado para o transporte do corpo.
O corpo era velado no cemitério Morada da Paz, em Rio Branco, por volta das 10h da manhã. A tia do bebê, Maria Aparecida dos Santos, foi quem ouviu o choro vindo da urna. Segundo ela, o bebê ainda estava enrolado em um pano verde do hospital, sem ter sido limpo após o parto.
“Eu pedi para o rapaz da funerária se podia ver o bebê. Quando ele foi abrir a urna, escutei o choro. O rapaz tentou ligar para o Samu, mas estava demorando. Então decidimos voltar para a maternidade”, relatou a tia, Maria Aparecida, em entrevista.
De acordo com a tia, o parto ocorreu de forma emergencial no próprio leito, porque não houve tempo para levar a mãe à sala de parto. Ela afirma que o médico não estava presente no momento e que a notícia da morte foi dada por uma enfermeira. A família também alega que a gestação era de risco e que houve negligência no atendimento.
“Foi por negligência. Como a gestação dela era de risco, era pra terem dado mais atenção”, disse.
O bebê se encontra agora na maternidade, onde recebe os cuidados da equipe médica. Em nota, a secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), informou que após parto normal, ghostwriter deutschland, o recém-nascido foi inicialmente declarado sem sinais vitais.
“O bebê apresentou sinais vitais e foi imediatamente levado de volta à maternidade, onde permanece em estado gravíssimo sob cuidados intensivos e acompanhamento contínuo da equipe médica e de enfermagem. A Sesacre instaurou uma apuração interna para esclarecer os fatos com total transparência e responsabilidade”, diz a nota da Sesacre.
Os pais do bebê, Sabrina Souza da Costa e Marcos dos Santos Fernandes, são residentes do município de Pauini, no Amazonas, e estavam em Rio Branco desde quinta-feira (23). A tia do recém-nascido, Maria Aparecida, afirma que, até o momento, nenhum órgão oficial procurou a família, “a gente quer justiça, porque isso é desumano”, disse.
O Ministério Público do Acre (MPAC) também divulgou comunicado, dizendo que acompanha o caso e vai adotar todas as providências cabíveis para apurar as responsabilidades.
“Diante da gravidade dos fatos noticiados, o MPAC atua para garantir que todas as circunstâncias sejam devidamente esclarecidas, bem como para apurar responsabilidades e adotar as medidas cabíveis”, diz a nota.



