O senador Márcio Bittar (PL) usou as redes sociais, neste domingo (23), para comentar a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). No vídeo, Bittar defende o aliado, diz que há “perseguição” contra o ex-presidente e afirma que sua relação com ele “ultrapassa a política”.
“Eu tenho carinho por ele. Eu me compadeço da perseguição que esse homem sofre”, disse Bittar no vídeo publicado. Bolsonaro foi preso em casa, no Distrito Federal, por suspeita de violar medidas cautelares e por risco de fuga.
“Se eu não fosse grato a ele, não merecia voto de ninguém”
Ao longo da gravação, Bittar relembra episódios da parceria entre os dois e afirma que Bolsonaro foi decisivo para assegurar recursos ao Acre durante seu mandato presidencial.
“Eu me lembro até hoje: ele disse no telefone ‘não se preocupe, Bittar, porque eu não vou deixar isso acontecer’. Você tem aí um bilhão rodando no Estado que tem a ver com esse cara. Se eu não fosse grato a ele, eu não merecia voto de ninguém”, afirmou.
O senador também citou obras e emendas viabilizadas durante o governo Bolsonaro, incluindo a ponte da Sibéria, a variante de Xapuri e estradas no interior:
“Foi graças às emendas e ao apoio dele que conseguimos tirar do papel obras esperadas há décadas.”
No vídeo, o senador repete a narrativa de que Bolsonaro estaria sendo punido por combater esquemas de corrupção.
“Quando ele passou quatro anos barrando a roubalheira nas estatais, claro que não gostaram. Quando ele freou o esquema no INSS, também não gostaram”, declarou.
Segundo Bittar, Bolsonaro é vítima de um “sistema” que teria reagido às medidas tomadas durante o governo.
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prisão preventiva não é cumprimento da pena
A prisão desta sexta-feira não significa o início da execução da pena de 27 anos e 3 meses à qual Bolsonaro foi condenado em setembro deste ano, após julgamento no STF por tentativa de golpe de Estado. A prisão atual é preventiva, determinada por Moraes após suposta violação da tornozeleira eletrônica e diante de indícios de tentativa de interferir na fiscalização, como a convocação de uma vigília em frente à residência do ex-presidente feita por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro.
Bolsonaro está detido na sede da Polícia Federal, em Brasília, em sala especial.
Repercussões políticas
A declaração de Bittar reforça o posicionamento de aliados de Bolsonaro diante do episódio, que classificam a prisão como perseguição política. Parlamentares da oposição ao ex-presidente, por outro lado, celebraram a decisão, dizendo que a Justiça está “repondo a ordem democrática”.
No Acre, Bittar é um dos principais nomes bolsonaristas e deve seguir vocalizando apoio ao ex-presidente ao longo dos próximos desdobramentos do caso.



