Nesta terça (17), um hospital na Faixa de Gaza foi alvo de um bombardeio. Israelenses e palestinos trocam acusações sobre a autoria do ataque. Segundo o Ministério da Defesa palestino, cerca de 500 pessoas morreram no local, que também servia. A região era marcada como segura pelo Exército de Israel e não deveria ser alvo de ataques.
Um ataque aéreo, supostamente feito por Israel contra um hospital no centro de Gaza, matou centenas de pessoas na tarde desta terça-feira (17), enquanto continuam os bombardeios na Faixa de Gaza e muitos civis se abrigam em centros de saúde para se proteger das bombas.
“Pelo menos 200 pessoas foram mortas pelos bombardeios israelenses” no Hospital Al Ahli Arab, um dos centros de saúde no centro de Gaza, informou o Ministério da Saúde palestino em comunicado.
Segundo a agência de notícias de Gaza Sanad, que cita fontes oficiais, o número de mortos pode superar 500. Trata-se do ataque mais mortífero desde o início da guerra entre Hamas e Israel, em 7 de outubro, que já deixou mais de 3.000 mortos em Gaza e 1.400 no território israelense.
De acordo com fontes locais, o centro de saúde contava com cerca de 2.000 pessoas que se abrigavam dos bombardeios depois de terem deixado suas casas nos últimos dias, dinâmica que se repetiu na maioria dos hospitais da Faixa de Gaza.
“O horrível massacre cometido pela ocupação sionista” contra o hospital, “que deixou centenas de vítimas, é um crime de genocídio”, declarou o grupo terrorista Hamas em comunicado.
Questionado sobre o incidente pela Agência EFE, o Exército de Israel afirmou que estava analisando o ocorrido.
Horas depois do ataque, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), afirmaram que informações de inteligência apontam para a Jihad Islâmica como responsável pelo ataque.
Um oficial de alto escalão da Palestina afirmou que o presidente do país, Mahmoud Abbas, cancelou o encontro com o mandatário dos Estados Unidos, Joe Biden, após o bombardeio no hospital.
O Hamas acrescentou que a maioria dos mortos e feridos era de “famílias deslocadas, doentes, crianças e mulheres” que tinham se abrigado no local nos últimos dias.
“Há muitos bombardeios [israelenses], muitos lançamentos de foguetes malsucedidos [por milícias palestinas] e muitos boatos espalhados pelo Hamas”, comentou Hagari.
Os 11 dias consecutivos de guerra entre Israel e as milícias palestinas marcam o conflito armado com as maiores perdas humanas sofridas por Gaza nos últimos anos.